UMA INICIATIVA IMPERDÍVEL
BTT Arouca organiza passeio ao São Macário
No dia 26 de Julho, o Grupo BTT Arouca vai pedalar até ao Monte de São Macário, a 1052 metros de altitude, no limite da freguesia de S. Martinho das Moitas, no maciço da Serra da Gralheira, já no concelho de S. Pedro do Sul, no distrito de Viseu.
O local, de emblemático culto religioso, alberga duas ermidas em honra do santo: o S. Macário de Cima e o S. Macário de Baixo. Não há memória da data da construção principal, a capela do cimo do monte, com o seu reforço amuralhado para protecção do vento que ali sopra forte, seja em que estação for, é a referencia no topo do monte, rodeada de antenas de sistemas modernos de comunicação.
Alguns historiadores e arqueólogos dão conta da presença humana naquele local muito antes da formação de Portugal.
Alguns historiadores e arqueólogos dão conta da presença humana naquele local muito antes da formação de Portugal.
Porém, ninguém consegue precisar, nem pouco mais ou menos, quando a referida ermida terá sido erigida. Muito venerado, atraiu S. Macário, desde sempre, um montante de esmolas considerável que revertia para a paróquia de S. Martinho das Moitas, o que terá gerado um conflito entre os abades das duas igrejas ( ver Carlos Oliveira in http://www.castelodepaiva.net/ )
Em 1769 – aqui conhece-se a data exacta – a Paróquia de Sul consegue autorização do Bispo de Lamego para a construção da capela do S. Macário de Baixo, na encosta a algumas centenas de metros da primeira, local duma gruta que teria servido de abrigo ao eremita, aquando da sua vivência em plena serra.
E assim, a partir daquela data, as duas capelas concorrem no culto ao santo, no topo de um monte que, no ultimo fim de semana de Julho, acolhe uma romaria que é um autentico mercado a céu aberto, muito concorrida de gente de todas as paragens...
A Serra da Arada situada entre Castro Daire e São Pedro do Sul, faz parte do vulgarmente designado Maciço da Gralheira.
A Serra da Arada situada entre Castro Daire e São Pedro do Sul, faz parte do vulgarmente designado Maciço da Gralheira.
É uma região de grandes contrastes, de relevo áspero e imponente. Ao austero planalto, onde só florescem os matos rasteiros, contrapõem-se os profundos vales encaixados, atapetados de espesso arvoredo, por entre o qual correm rios rebeldes e tumultuosos.
As pequenas aldeias que salpicam a serra, ora se escondem nos recônditos das rugas da montanha, ora se empoleiram a meia encosta, em airosos anfiteatros rodeados de socalcos laboriosamente talhados ao longo dos tempos.
As pequenas aldeias que salpicam a serra, ora se escondem nos recônditos das rugas da montanha, ora se empoleiram a meia encosta, em airosos anfiteatros rodeados de socalcos laboriosamente talhados ao longo dos tempos.
O casario de pedra confunde-se com o próprio monte, num perfeito mimetismo que a construção em pedra lhes dá. Apenas algumas casas pontuam pela diferença, destacando-se pela cor berrante das paredes ou por ostentarem uma arquitectura desajustada, fruto de novos tempos e gostos de outras paragens.
O Caminho Onde o Morto Matou o Vivo”
Conta a lenda que, no tempo em que a aldeia da Pena não tinha cemitério nem estrada de acesso, os mortos eram transportados numa urna ou padiola, até à aldeia de Covas do Rio ( ver crónica de viagem de Carlos Oliveira neste blog ).
Numa destas viagens fúnebres, um dos transportadores terá escorregado e sido fatalmente atingido com o caixão, mas o mais certo, depois de ter conhecido o caminho, terá sido o desgraçado ter-se despenhado e morrido na queda.
Foi assim que “o morto que matou o vivo” deu o nome e a lenda a este caminho, que se propoe que possam visitar e venham descobrir no dia 26 de Julho com saída ás 8h00 das Portas do Milénio, desde a vila de Arouca....uma iniciativa imperdível sem dúvida...
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