OPINIÃO
O ESPIÃO DA MADEIRA
Os nossos políticos viraram as atenções para Espanha por causa do TGV - comboio rápido, mas esqueceram-se da presença da Banda de Olivença, no arquipélago da Madeira, aquando da visita dos Reis de Espanha à pérola do Atlântico.
Espanha poderia ter enviado outra banda, das milhares de que dispõe, mas teve o desplante de mandar a Banda de Olivença para que fique demonstrado que os portugueses, continentais e insulares, com responsabilidades na sua terra, são uns mansos.
Já em Julho os extremenhos tiveram o cuidado de inaugurar em Olivença um busto de Miguel Godoy, o principal carrasco de Olivença, na torre de menagem do castelo aquela vila, mandado construir por...D. Dinis, sem que deste lado da fronteira alguém reagisse, de qualquer forma. Fazer a Banda de Olivença passar quatro dias na Madeira para dar dois concertos como banda espanhola durante a visita real não incomodou ninguém no Funchal nem em Lisboa. Extraordinário! Por estas e por outras, até percebo que alguém mande um espião à Madeira para informar que raio andam a fazer os chefes dos portugueses. Porque os espanhóis fizeram, e bem, a sua obrigação. Os nossos representantes, se calhar, andavam, por lá, na poncha, nos bordados e no maracujá.
Já em Julho os extremenhos tiveram o cuidado de inaugurar em Olivença um busto de Miguel Godoy, o principal carrasco de Olivença, na torre de menagem do castelo aquela vila, mandado construir por...D. Dinis, sem que deste lado da fronteira alguém reagisse, de qualquer forma. Fazer a Banda de Olivença passar quatro dias na Madeira para dar dois concertos como banda espanhola durante a visita real não incomodou ninguém no Funchal nem em Lisboa. Extraordinário! Por estas e por outras, até percebo que alguém mande um espião à Madeira para informar que raio andam a fazer os chefes dos portugueses. Porque os espanhóis fizeram, e bem, a sua obrigação. Os nossos representantes, se calhar, andavam, por lá, na poncha, nos bordados e no maracujá.
A este propósito importa recordar o que, em 2005, escrevi a este propósito, num gesto que chegou a ser " filtrado " pelo MNE e que motivou alguns comentários menos apreciados e até uma " inocente " ameaça para calar a boca sobre este assunto...coisa que NUNCA o farei, apesar destas situações VERGONHOSAS E HUMILHANTES PARA PORTUGAL como descreve, agora, JOAQUIM LETRIA, na sua crónica no " 24 Horas ", que se anexa.
"Crer e Querer para Vencer"
Jornal "MIRADOURO", Cinfães,
02-Dezembro-2005
OPINIÃO - Carlos Oliveira (jornalista)
Pressão espanhola na base de postura norte-americana
CIA MANDOU RETIRAR QUESTÃO DE OLIVENÇA
DO SEU ANUÁRIO DE CONFLITOS INTERNACIONAIS
A CIA - Agência Central de Inteligência Americana, apagou as alusões à localidade raiana de Olivença, que constavam do seu relatório anual sobre disputas internacionais, entre Portugal e Espanha.
Madrid questionou Washington e o "litígio" ibérico, congelado desde 1815, vai continuar a ser ignorado pelos dois países, apesar de intensa contestação, ainda actual, da associação portuguesa "Grupo dos Amigos de Olivença".
Segundo esta entidade, foram as "pressões" do governo de Madrid que estiveram na origem para que a referência à Questão de Olivença fosse omitida no "World Fact Book", depois de já ter constado naquela publicação, editada sob a chancela da CIA.
Recorde-se que em 2003, o relatório da agência americana incluía o território de Olivença, outrora "subtraído" a Portugal, na lista de disputas fronteiriças entre os dois vizinhos ibéricos, facto que motivou grande alvoroço em Espanha, tendo o diferendo luso-espanhol sido colocado ao mesmo nível dos casos conecidos da Faixa de Gaza, de Caxemira, e até do Kosovo
O Relatório da CIA NÃO FAZIA tais comparações. Com a imprensa espanhola a fazer eco do relatório da CIA, o presidente da Junta de Extremadura, Juan Rodríguez Ibarra, saiu a terreno para reclamar do Governo de Madrid, a defesa da "espanholidade de Olivença", referindo que o Alcaide daquela localidade já tinha convidado o director da CIA a visitar a cidade localizada junto ao Guadiana.
Entretanto, também neste período, um livro publicado por um ex-embaixador espanhol, que defendia um estatuto de cosoberania para Olivença, entre portugueses e espanhóis, veio trazer "mais lenha para a fogueira", criando opiniões divergentes sobre um conflito que, para muitos, continua fechado nos arquivos diplomáticos.
Mas já no ano transacto, a CIA tinha retocado o assunto no seu relatório, e em vez de referir que o Estado Português nunca reconheceu a soberania espanhola sobre aquela terra, passou a constar que "alguns portugueses continuam a reivindicar a posse da localidade raiana", e a verdade é que, apesar dessas alterações, a pequena cidade de Olivença, com apenas 10 mil habitantes, continua a constar nos mapas de conflitos divulgados pela agência de investigação.
Recorde-se que as autoridades da Extremadura sempre consideraram o relatório da CIA de 2003 como um erro e uma demonstração de ignorância, enquanto em Portugal foi motivo de congratulação por parte de alguns movimentos cívicos que lutam por esta causa, apesar de alguma imprensa ter destacado o facto da CIA dar relevo a uma questão em que os governos de Madrid e de Lisboa tudo fazem para não constar na agenda diplomática.
Apesar de algumas personalidades portuguesas continuarem a referir a "vergonha nacional" de Portugal ter esquecido a reivindicação da terra de Olivença aos vizinhos da Península, a verdade é que não se pode esperar muito desta causa territorial, se recordarmos que, ainda recentemente, Martins da Cruz, que foi ministro dos Negócios Estrangeiros do governo da coligção PSD/CDS, chegou a afirmar que a questão de Olivença "estava congelada desde o Tratado de Viena, em 1815", e que "não figura na agenda política portuguesa".
Todavia, é claro que a posição espanhola não deixará de ser arrogante e maliciosa, se tivermos em conta que, não querendo devolver Olivença a Portugal, assim como Ceuta e Melilla, no Norte de África, ao Reino de Marrocos, continua a lutar com todo o empenhamento diplomático para retirar Gibraltar aos ingleses, mesmo contra a vontade destes. Uma teoria e uma estratégia contraditória...de todo !!!
«Problema ibérico: A integração do Estado português, pela reintegração de Olivença».
(Fernando Pessoa)
PORTUGUESES DE OLIVENÇA:
208 ANOS DE SEQUESTRO POLÍTICO E CULTURAL!
Em 20 de Maio de 1801, Olivença foi ocupada militarmente pelos exércitos de Espanha. Passam hoje 208 anos.
Teve início e prossegue desde então a espanholização de um território onde, desde sempre, florescera a Cultura portuguesa.
Escondeu-se aos oliventinos a sua História, amesquinhou-se a sua Cultura, castelhanizaram-se os nomes, menorizou-se a Língua Portuguesa.
O processo de colonização e aculturação espanholizante, encontrando a resistência surda das gentes oliventinas, continuou até aos nossos dias.
Portugal e a Cultura portuguesa defrontam-se com a perda e o sequestro de uma parte de si. A Língua de Camões – a Pátria de Fernando Pessoa! - encontra-se diminuída na sua universalidade. Aqui, à nossa beira, em Olivença.
Em contraponto, também hoje, comemora-se o sétimo aniversário da República Democrática de Timor - Leste, proclamada em 20 de Maio de 2002. No outro lado do Mundo, os Timorenses reencontraram a sua identidade cultural e política.
Sinal e esperança de que também Olivença obterá Justiça, resgatando a sua História e dignificando a consigna que de Portugal recebeu: «Nobre, Leal e Notável Vila de Olivença»!
Contra o silêncio, um passo por Olivença!
Junta a tua à nossa voz…Olivença é portuguesa
(Fernando Pessoa)
PORTUGUESES DE OLIVENÇA:
208 ANOS DE SEQUESTRO POLÍTICO E CULTURAL!
Em 20 de Maio de 1801, Olivença foi ocupada militarmente pelos exércitos de Espanha. Passam hoje 208 anos.
Teve início e prossegue desde então a espanholização de um território onde, desde sempre, florescera a Cultura portuguesa.
Escondeu-se aos oliventinos a sua História, amesquinhou-se a sua Cultura, castelhanizaram-se os nomes, menorizou-se a Língua Portuguesa.
O processo de colonização e aculturação espanholizante, encontrando a resistência surda das gentes oliventinas, continuou até aos nossos dias.
Portugal e a Cultura portuguesa defrontam-se com a perda e o sequestro de uma parte de si. A Língua de Camões – a Pátria de Fernando Pessoa! - encontra-se diminuída na sua universalidade. Aqui, à nossa beira, em Olivença.
Em contraponto, também hoje, comemora-se o sétimo aniversário da República Democrática de Timor - Leste, proclamada em 20 de Maio de 2002. No outro lado do Mundo, os Timorenses reencontraram a sua identidade cultural e política.
Sinal e esperança de que também Olivença obterá Justiça, resgatando a sua História e dignificando a consigna que de Portugal recebeu: «Nobre, Leal e Notável Vila de Olivença»!
Contra o silêncio, um passo por Olivença!
Junta a tua à nossa voz…Olivença é portuguesa
Ei pá não es tu que adoras a espanha e tems lá montes de amigos e amigas, mete umas cunhas para recuperar a terra de Olivença, a malta prefere ser espanhola carlos do que andar aqui a pagar impostos forte e feio Um abraço do fernando
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