quinta-feira, 24 de novembro de 2011

COMPETIÇÃO TERMINA NO PROXIMO DOMINGO
VILA VIÇOSA E ESPIUNCA NA FINAL
DO TORNEIO DE FUTEBOL DE SETE


As equipas representativas do CCR de Vila Viçosa e da Espiunca protagonizam, na tarde do próximo Domingo, dia 27, a final que encerra o Torneio de Futebol de Sete que, desde o inicio de Outubro, decorre no Parque de Jogos de Vila Viçosa, sob a égide da colectividade local.

Trata-se do jogo da final, que vai permitir o “ confronto “ entre as duas equipas da freguesia de Espiunca, aquelas que dominaram na primeira fase de qualificação do torneio, sendo que para o periodo da manhã, estão agendados os jogos do 5º e 6º lugar entre o Vila Cova e o CCR SM de Canelas, ás 09h00, e entre o Vila Chã e o Travanca, ás 10h30, para apuramento do 3º e 4º lugares da competição.
A final está mercada para as 14h30, seguindo-se no final do jogo, a habitual cerimónia de entrega de prémios ás equipas participantes e um convívio da entidade organizadora com os colaboradores que trabalharam para o sucesso de mais este animado torneio de futebol promovido pelo CCR de Vila Viçosa.


A equipa da Espiunca foi ate agora a grande sensação do Torneio ao vencer de forma destacada a primeira fase de qualificação da prova.


Mesmo sem brilhar, a equipa do CCR de Vila Viçosa garantiu o lugar na final e agora vai ter de " rezar " muito para chegar ao triunfo

sábado, 19 de novembro de 2011

«Arouca Geopark é um dos melhores do mundo»

CONGRESSO INTERNACIONAL DE GEOTURISMO

TERMINOU COM UM BALANÇO MUITO POSITIVO



Após quatro dias de Congresso Internacional de Geoturismo, em Arouca, na sessão de encerramento foi proclamada a “ Declaração de Arouca “. Anunciou-se, ainda, um novo evento a realizar no próximo ano no “ Arouca Geopark “, as I Jornadas Nacionais de Geoturismo.


Em 2012, o território de Arouca também vai acolher a 11.ª Conferência Europeia de Geoparques, um evento de grandeza mundial. A “Declaração de Arouca” surge da necessidade de «clarificar o conceito de geoturismo».

Segundo esta, entende-se que geoturismo é «o turismo que sustenta e incrementa a identidade de um território, considerando a sua geologia, ambiente, cultura, valores estéticos, património e o bem-estar dos seus residentes».

Margarida Belém, presidente da Associação Geoparque Arouca, frisou que este é um «marco importante» deixado neste congresso.

Cecília Meireles, Secretária de Estado do Turismo, que presidiu á cerimónia de encerramento do congresso, classificou o geoturismo como «um produto de inovação», num país que «é mais que sol e mar».

A governante disse, ainda, que em matéria de turismo o «Governo não pode fazer tudo sozinho. A sua missão é promover e incentivar».
A declaração que marcou o dia de encerramento foi a de Jonathan Tourtellot, que classificou o Arouca Geopark como « um dos melhores geoparques do mundo ».

Uma afirmação que recebeu o aplauso efusivo de toda a plateia. Das variadas sessões, decorridas entre 9 e 13 de novembro, com mais de centena e meia de participantes, provenientes de 10 países diferentes, Alemanha, Eslovénia, França, Espanha, Islândia, Polónia, Estónia, Estados Unidos da América, Brasil e Portugal.

Deste encontro, resultou uma Declaração de Arouca, proposta pela Comissão organizadora, em parceria com o Centro para os Destinos Sustentáveis da National Geographic Society que clarifica o conceito de Geoturismo.

As pessoas, os seus usos e costumes, as tradições, a cultura, a etnografia e a gastronomia são elementos que integram o geoturismo, juntamente, com a geologia.


O Geoturismo é o turismo que promove a identidade de um destino e o seu desenvolvimento sustentável oferecendo a possibilidade de descobrir e vivenciar de um modo genuíno experiências enriquecedoras.
Por tudo isto, geoturismo não significa turismo de massas, significa sim que num determinado território há algo de diferenciador e, acima de tudo, a qualidade garantida para quem o visita.

O Arouca Geopark é um dos destinos de qualidade certificado ela EGN/GGN sob os auspícios da UNESCO.

Durante este Congresso Internacional de Geoturismo em Arouca debateram-se importantes temáticas para a clarificação do conceito de geoturismo nas suas diferentes vertentes, como por exemplo:


A educação e ciência;
O desenvolvimento sustentável;
O património e inovação;
A promoção de sinergias e parcerias
Marketing e comunicação;
E Geoparks como territórios de excelência.

Procurando ir ao encontro das necessidades identificadas ao longo destes dias de debate, julgou-se pertinente dar continuidade à discussão.

Em 2012, o geoturismo voltará a ser debatido em Arouca, com a realização das I Jornadas Nacionais de Geoturismo e a 11.ª Conferência Europeia de Geoparques, ambos as iniciativas a ocorrer em articulação com o desenvolvimento do projeto de criação de um curso de mestrado (segundo ciclo) do consórcio entre as universidades de Aveiro e do Minho.e de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Além de reforçar o papel do Arouca Geopark na vanguarda do Geoturismo, este congresso serviu de mote a diversas experiências.

No território Arouca Geopark, foram promovidas visitais guiadas e saídas de campo, onde os participantes ficaram a conhecer os Geossítios emblemáticos de relevância internacional designadamente as “Trilobites Gigantes de Canelas” as “Pedras Parideiras” mas também, a paisagem e a cultura local que tornam esta região tão atrativa.
Para o último dia, e por forma a criar sinergias com dois sítios classificados como Património Mundial, o Arouca Geopark proporcionou uma visita ao Porto e Douro, criando um programa turístico inovador e de excelência na área do Geoturismo na região norte de Portugal.
Com uma excelente organização técnica e uma elevada qualidade científica das numerosas apresentações que fizeram parte dos oito painéis temáticos; com um impecável programa cultural e gastronómico que o acompanhou, este Congresso Internacional ficará como marco, não só da história do Geoturismo, como do Arouca Geopark e a organização da responsabilidade da Associação Geoparque de Arouca e a Câmara Municipal de Arouca, merece o reconhecimento público por ter estruturado um evento de grandeza mundial, que honrou Arouca e tornou o seu território mais conhecido e divulgado.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

AROUCA VAI PERDER 30% DAS SUAS FREGUESIAS
ESPIUNCA VAI SER EXTINTA OU ANEXADA
* Já se fala em Vila Viçosa ficar integrada em Nespereira



A Reforma da Administração Local, já apresentada pelo Governo, através do “ Livro Verde “ ainda só agora foi conhecida e já promete fazer correr muita tinta, lançar a polémica e agitar autarquias e populações. Em Vila Viçosa há já que se manifeste contra em ir para Canelas, tendo aqui a freguesia de Nespereira a " dois passos " com os serviços e estruturas que a outra nao tem...


A proposta vai mais longe e estabelece também novos pressupostos nos eleitos para os executivos municipais e no organigrama do quadro de pessoal
Das actuais 20 freguesias que tem, o concelho de Arouca arrisca-se a ficar composto por apenas 14 ou 15 executivos locais, isto se for adiante a proposta governamental de reduzir o número de autarquias no país.

A proposta consta do ‘Livro Verde' que o gabinete do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares apresentou e divulgou há cerca de quatro semanas e que está em fase de discussão antes de ser submetido a votação na Assembleia da República.

No documento, as regras para a nova delimitação e composição de freguesias são definidas dividindo os concelhos do país em três níveis: os com uma densidade populacional superior a 500 habitantes por km2, entre 100 e 500 hab. / km2, e os com uma densidade inferior a 100 (é o caso de Arouca).
A organização territorial do concelho de Arouca terá de efectuar-se de acordo com as seguintes orientações: é permitido uma freguesia na sede do município (Arouca), as freguesias de áreas medianamente urbanas (segundo definição do INE serão: Burgo, Chave, Urrô e Várzea) têm de ter mais de 1000 habitantes (apenas Várzea não cumpre esse critério), e das restantes quinze freguesias (áreas predominantemente rurais), Albergaria da Serra, Cabreiros, Covelo de Paivó, Janarde e Espiunca não atingem o número exigido de habitantes (500) e deverão ser ‘extintas' ou ‘anexadas'.

Contas feitas, seis actuais freguesias arouquenses correm o risco de perder os seus órgãos autárquicos (Junta e Assembleia de Freguesia), com a agravante de, mesmo agregando aquelas que têm continuidade territorial ( como é o caso de Albergaria, Covelo, Cabreiros e Janarde) não se conseguir um conjunto populacional - 500 habitantes - que permita a criação de uma nova autarquia local.

A Reforma da Administração Local (um dos itens de negociação do memorando com a troika) vai mais longe, e estabelece também novos pressupostos nos eleitos para os executivos municipais (no futuro, concelhos com a dimensão populacional de Arouca só poderão ter dois vereadores a tempo inteiro - actualmente eram permitidos 4), e no organigrama do quadro de pessoal, onde apenas poderão figurar três chefes de divisão (neste momento a CMA dispõe de seis chefias).

A definição do novo mapa autárquico deverá estender-se, no máximo, até ao final do primeiro semestre de 2012, e deverá ser já uma realidade nas eleições autárquicas de 2013.
A freguesia de Espiunca não será extinta, mas se a proposta governamental for aprovada, deverá ser anexada à vizinha freguesia de Canelas, com quem confronta geograficamente, seguindo uma orientação administrativa que, já no sector escolar, permite assumir o conceito de partilha, com os alunos da freguesia a frequentar o Complexo Escolar de Canelas, ainda em fase de construção.
Mas se essa decisão, até se encaixa nos eventuais interesses de Espiunca e dos lugares da freguesia localizados na Margem Esquerda do Rio Paiva, dada a relativa proximidade e afinidade cultural e social que pode existir com a vizinha terra de Canelas, com o lugar de Vila Viçosa as coisas já não são tão lineares e devem ser vistas e perspectivadas noutro contexto e noutra razão, até porque há um rio que nos separa e, geograficamente, Vila Viçosa sempre foi um enclave do outro lado do rio, separada da freguesia, muitas vezes descriminada, embora as sua gentes tenham gosto e orgulho de pertencer ao concelho de Arouca, com quem sempre se identificaram.
Todavia, o que aqui agora está em jogo, é o lado prático das coisas e, se a Reforma Administrativa o potenciar e permitir, porque “ carga de água “ havemos nós, terra e gentes de Vila Viçosa, ficarmos ligados à freguesia de Canelas, a 12 km de distância, quando temos a 3,5km de distancia, pela EN 225 que sempre nos serviu, a freguesia e Vila de Nespereira – Cinfães, que nos pode acolher com toda a vontade e simpatia, com a garantia de aqui ter os serviços mínimos para uma vida mais confortável, mais acessível e menos dispendiosa.
E não vale a pena trazer para a discussão a retórica saudosista, porque o que está em causa agora, é o bem da população e a comodidade das pessoas, e aqui à porta, temos a possibilidade de usufruir de um Atendimento Autárquico diário, Bombeiros Voluntários, Posto Médico, Banco, Caixa Multibanco, Farmácia, Centro Óptico, Lar de Idosos com todas as valências, Supermercado, Clinica Médica com Análises e Especialidades, Escola de Musica, moderno Centro Escolar em construção, Feira Quinzenal e uma dinâmica comercial que abrange diversos tipo de actividade, desde a hotelaria, restauração, até à construção civil.

Basta comparar o movimento comercial, social, recreativo entre as freguesias…
E o que tem a freguesia de Canelas para nos oferecer ? Nada….em termos de serviços publicos, comercio e apoio social nada…nada que se compare com a vizinha freguesia de Nespereira, que tem agora boas ligações à Vila de Cinfães, também dotada com todas as estruturas de Serviços Públicos e com uma moderna e funcional Unidade de Sáude com Urgência Básica e a possibilidade de podermos pertencer ao Hospital Padre Américo em Penafiel, que sempre é mais acessível e melhor caminho do que para o Hospital da Feira.
E se a possibilidade de pertencer a Alvarenga é considerada uma “ carta fora do baralho “, já que era bem “ pior a emenda que o soneto “, então fica lançada a sugestão, na perspectiva de que, as vozes que já se vão erguendo a favor desta vontade e deste propósito, se possam ir juntando, ganhar força e consolidar um movimento que possa assumir com denodo, a luta por esta causa que é de todos…e do lado da autarquia nespereirense existe reciprocidade quanto a esta pretensão.
E aqui não deve haver vaidades, ciumes, invejas e atitudes mesquinhas, nem entraves de gente que perfila o bairrismo doentio, o que deve prevalecer é, essencialmente, aquilo que será melhor para a população de Vila Viçosa e para o futuro desta terra.
O que está em causa não é o “ Grito de Ipiranga “, ou a libertação do jugo que nos prendeu á freguesia que nos acolhe desde a ultima divisão administrativa, mas uma questão de justiça, de equidade e funcionalidade para com este povo que, verdade se diga, também sempre sofreu na pele, a discriminação de estar localizado do outro lado do rio…
Resta esperar pela posição do Governo e pela avaliação profunda do Documento Verde da Reforma da Administração Local, esperando-se que, no que toca à organização do território e da reavaliação do actual mapa administrativo, estas situações geograficas como Vila Viçosa ( e outras terras com localização semelhante e com uma especificidade própria ) possam ter o direito de se pronunciar, a contento dos seus concidadãos.

Numa plataforma de consenso, de respeito e de conduta séria, responsável e construtiva, aceitam-se opiniões…TODOS DEVEMOS MANIFESTAR A NOSSA VONTADE…É O NOSSO FUTURO QUE ESTÁ EM CAUSA...



COMPETIÇÃO ESTÁ A DECORRER EM VILA VIÇOSA
ESPIUNCA VENCEU 1ª FASE
DO TORNEIO DE FUTEBOL DE SETE


A equipa representativa da ESPIUNCA venceu, de forma categórica, só com vitórias, a 1ª Fase do Torneio de Futebol de Sete que está desde o mês de Outubro a decorrer no Parque Desportivo de Vila Viçosa, sob a égide da colectividade local.


A turma anfitriã, o CCR de Vila Viçosa, somou três vitórias e duas derrotas, totalizando nove pontos, conseguindo a segunda posição da tabela, enquanto o CSP de Travanca, com 7 pontos, ficou-se pela terceira posição e a equipa de Vila Châ, com 5 pontos, no quarto lugar, apurando-se assim, para as meias-finais da prova.
Para além de ter alcançado o primeiro lugar nesta fase do torneio, a formação da ESPIUNCA garantiu, também, a vitória na TAÇA, derrotando na final, a vizinha equipa do CRC de Canelas, por um expressivo 6-1.
A classificação da 1ª fase do Torneio:

1º Espiunca 5 jogos 5 vitorias 15 pontos 17 marcados e 7 sofridos
2º CCR Vila Viçosa 5 jogos 3 vitorias 2 derrotas 9 pontos 17 marcados 13 sofridos
3º CSP Travanca 5 jogos 2 vitórias 1 empate 2 derrotas 7 pontos 11 marcados 13 sofridos
4º Vila Chã FC 5 jogos 1 vitória 2 empate 2 derrotas 5 pontos 11 marcados 14 sofridos
5º NY FC 5 jogos 1 vitória 1 empate 3 derrotas 4 pontos 10 marcados 10 sofridos
6º CRC Canelas 5 jogos 0 vitórias 2 empate 3 derrotas 2 pontos 5 marcados 14 sofridos

FINAL DA TAÇA

ESPIUNCA 6 CRC S. MIGUEL DE CANELAS 1

Meias finais do Torneio : dia 20 Novembro


Os jogos das meias- finais do Torneio de Futebol de Sete de Vila Viçosa, estão agendados para a manhã do próximo Domingo, dia 20, com os seguintes jogos, seguindo-se a cerimónia oficial de entrega de troféus:


09:00h Espiunca vs Vila Chã FC
10:30h CCR Vila Viçosa vs CSP Travanca

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Com animação musical do duo " Art Band "

ASCE PROMOVEU EM VILA VIÇOSA

FEIRINHA RURAL E MAGUSTO CONVÍVIO


Conforme estava anunciado, a ASCE - Associação Social e Cultural da Espiunca promoveu, no passado Domingo, no centro de Vila Viçosa, uma FEIRINHA RURAL e um MAGUSTO CONVÍVIO, no espaço do Campo do Poço, junto à EN 225.

Tratou-se de um iniciativa, que ja estava agendada no Plano de Actividades desta colectividade e, que ja tinha sido anunciada, embora sem data, por ocasião da realização do II Convívio de Antigos Alunos da Escola Primária de Vila Viçosa.

O certame, sem ser um sucesso, acabou por registar uma boa adesão, quanto mais não fosse, porque o tempo estava convidativo e as castanhas e vinho eram de borla e, em tempo de crise, há sempre quem aproveite estas " benesses ".

Apesar de organizada em " cima do joelho " pela ASCE, que teve de socorrer-se deste espaço agrícola nas imediações do Café Primavera, por estranha recusa por parte da Junta de Freguesia de Espiunca, da utilização do recinto da Escola Primária e pelo Parque Desportivo da localidade estar ocupado com um Torneio de Futebol de Sete, esta iniciativa tinha tudo para se assemelhar a uma pequena mostra de artesanato, gastronomia, vinhos e produtos da terra, tudo apresentado numa sequencia de actividades, gizada para mostrar o que de melhor se produz, se cria e se apresenta nesta airosa terra do Vale do Paiva.
Tinha tudo...mas não teve, porque na verdade, a mostra resumiu-se apenas a três espaços comerciais, três barracas bem ornamentadas, sendo que duas estavam mais destinadas aos vinhos e petiscos. É certo que se vendeu batatas, abóboras, vinho e outros produtos, mas espaço dedicado unicamente a produtos agrícolas não houve...e as inscrições eram gratuitas.

Em termos de artesanato, para além dos relógios em ardósia do António Semblano, a barraca familiar da Alda/Bantim/Alessandra era a que evidenciava uma oferta mais ampla, apresentado bons trabalhos de artesão, utilidades diversas e peças com pendor modernista, mas acabou por ser a expressão da feira e salvar o certame, neste ramo de actividade.

As " cabaças da Alda ", pintadas com motivos vários, tiveram boa saída, assim a " águia vitória " e as mocas de eucalipto trabalhadas pela habilidade do cearense António, a par de outras novidades decorativas apresentadas pela Alessandra, que recentemente se dedicou á arte.

E a terra de Vila Viçosa, se tivesse havido bom senso, vontade, entendimento e solidariedade entre todos, tinha muito mais para mostrar, desde logo o seu maior artesão, o cesteiro António Silva, que habituado a marcar presença na Feira das Colheitas e nos dois eventos já realizadas no centro da Espiunca por iniciativa autárquica, optou pela ausência na sua terra, bem notada diga-se de passagem.

O Manuel de Lobeitos trouxe um galo para " rifar ", mas havia tantos exemplos de outras participações que poderiam ser potenciadas nesta iniciativa e que foram ignoradas...


E em jeito de exemplo e sugestão, a participação das outras duas associações da terra, onde o CCR de Vila Viçosa e o Clube de Jovens poderiam ter o seu espaço e mostrar as suas actividades e perspectivas futuras, captar inscrições de novos associados ou simplesmente fomentar a angariação de fundos, tal qual a Comissão de Festas de S. Pelágio 2012 poderia ter o seu espaço, talvez até com um tômbula para angariar já alguma receita para a próxima edição das festas que, tendo em conta o mísero saldo existente, não se vislumbram tempos fáceis.
Mas não só, em Vila Viçosa há produtores de mel que podiam estar representados, há gente que se dedica aos bordados e á tecelagem, que faz fumeiro regional, que produz aguardente e jeropiga de boa qualidade, tudo actividades que, com um bocadinho de empenhamento, união e boa vontade, poderiam assegurar presença e valorizar um certame que poderia ter alguma dinâmica e constituir excelentes oportunidades de negócio.

Lamenta-se, ainda, a ausência de qualquer representação do resto da freguesia, sendo certo que Vila Viçosa tem sempre marcado forte presença na iniciativa semelhante realizada na Espiunca.

Ao fim e ao cabo, no espirito da convivialidade e na vontade da confraternização, o evento acabou por ter um balanço positivo, ganhando com a lotaria do bom tempo, porque aquele espaço não é, nem de longe nem de perto, o local certo para se realizar uma iniciativa deste âmbito, onde o terreno agricola poderia se tornar um lamaçal e onde nem sequer instalações sanitárias havia disponíveis...já para não falar da triste imagem do entulho e do restolho agricola acumulado mesmo no meio do recinto, preparado para receber os visitantes.

A gastronomia da terra e o vinho da região estiveram em evidência na Tasca da Maximina e na Tasca da Aldina, espaços onde se podia degustar os afamados mílharos à moda antiga, as papas de serrabulho, rojões, feijoada, o bolo com carne, a broa caseira, o caldo verde e outras iguarias que ainda prevalecem nos gostos locais.

Nestas barracas não houve mãos a medir, e os sabores cruzaram-se com apetites, numa sensação única de recordar tempos mais recuados, onde comer nas feiras e romarias era uma tradição que se devia manter e fazia parte da vivência de gente laboriosa que tinha orgulho das suas raízes serranas.

Depois, a atracção musical da tarde, com a presença do DUO " ART BAND ", de Campanha - Porto, que voltou a Vila Viçosa para animar a festa, numa participação sempre agradável com a sua musica de baile, mas cujo espaço emprovisado nao potenciou grandes danças.
Mas enfim...é o que temos, e lamenta-se que assim seja, e não me repugna nada dizer que a teimosia, a vaidade e o orgulho não levam a lado nenhum e só serve para dividir, obstaculizar e criar a conflitos onde eles nunca deveriam existir, potenciando uma má imagem para a terra que acolhe estas acções, que apesar de tudo, são de louvar.

Como enfatizava na noticia que anunciava a iniciativa, é tempo das pessoas, que estão à frente das colectividades e associações, se mentalizarem que as coisas não podem ser feitas em " cima do joelho ", sustentadas na teoria do desenrasca, sendo necessário haver concertação, diálogo, união entre todos, e preparar as coisas de forma atempada e organizada, evitando-se erros escusados, tendo sempre em conta a funcionalidade e a satisfação de quem participa e visita.

A mim o que me deixa triste e perplexo, é lamentavelmente constatar que a nossa terra tem um excelente Recinto Escolar com condições de apoio, que estava desocupado, para além de um amplo Parque Desportivo com instalações sanitárias e de acolhimento e se tenha de promover esta iniciativa no meio de um campo de milho sem condições nenhumas e, ainda assim, arrumado já em tempo limite.

A ASCE merece o reconhecimento pela ideia, pelo propósito de fazer algo por esta terra, que precisa destas iniciativas para se afirmar, potenciar interesse e projecção, mas deve ponderar com firmeza as suas realizações, procurando fugir do facilitismo de fazer as coisas a qualquer preço e de qualquer maneira, pugnando sempre para que o bom senso possa imperar e todos darem as mãos em torno do objectivo comum, que é fazer o melhor por Vila Viçosa.

Nota profundamente negativa merece a postura da autarca e da Junta de Freguesia de Espiunca, que recusando à entidade organizadora, a utilização do recinto escolar para esta mostra local, não deixou de evidenciar uma arrogância politica a todos os títulos reprovável, quando o tempo deveria ser de harmonia, de consenso e de entendimento...para bem de todos.
PODE VER AS IMAGENS DESTA INICIATIVA EM : https://picasaweb.google.com/104454747068916768196/FEIRARURALDEVILAVICOSA2011?authuser=0&feat=directlink