domingo, 28 de junho de 2009


Triunfo frente à equipa da A.E. Douro e Paiva

CCR de Vila Viçosa recupera
no Torneio de Futebol de Onze


Depois de, na passada semana, ter surpreendido com uma goleada de 6-1 frente à equipa da Brigada Fénix, líder assumido da prova, a turma representativa do CCR de Vila Viçosa voltou, neste fim-de-semana, às vitórias no III Torneio de Futebol de Onze, conseguindo impor-se á equipa da Associação Ecoturística Douro Paiva, por um tangencial 2-1.
Com este triunfo, a equipa local soma agora 6 pontos e dá inicio à desejada recuperação, posicionando-se agora no meio da tabela, numa fase da prova em que a equipa da Brigada Fénix, liderada pelo conterrâneo José Rodrigues, mantém a liderança com 9 pontos, depois da vitória por 1-0 contra os Sem Fronteiras, e a turma nespereirense das Construções do Ardena, consolida o 2º lugar, com 7 pontos na tabela classificativa, depois de uma excelente vitoria frente à equipa da A.D. de Travanca.
O jogo entre os Panteras United e os Falcões terminou com 0-3, um resultado que favorece a equipa de Macieira, agora orientada por Benigno Lento, que parece ter ganho outro fôlego com a nova liderança técnica.
O torneio prossegue no próximo fim-de-semana, com 2 jogos no Sábado à tarde e outros tantos na tarde de Domingo. Entretanto, sabe-se que a equipa dos Panteras United, oriunda da freguesia de Canelas, pode vir a desistir do torneio, evidenciando algum descontentamento com arbitragens e também com a indisponibilidade de alguns dos seus atletas em marcar presença nos jogos realizados ao Sábado.

sexta-feira, 26 de junho de 2009


S. Pelágio, o mártir que o cristianismo não esquece

VILA VIÇOSA FESTEJOU HOJE
O DIA DO SEU PADROEIRO


Esta terra de Vila Viçosa, lugar pitoresco e aprazível da margem direita do Rio Paiva, no extremo norte do distrito de Aveiro, que se orgulha de pertencer ao território de Arouca, festejou hoje o DIA DO PADROEIRO, em honra a S. Pelágio, que se venera na sua linda capela, localizada no topo da povoação.
Trata-se de uma manifestação religiosa, caracterizada sem qualquer acção profana, apenas orientada para celebrar com simplidade, mas com nobreza e dignidade, o dia que, no calendário litúrgico, está dedicado a S. Pelágio, o orago desta terra, que foi um dos mártires, ainda hoje, recordados pelo cristianismo e que preferiu ser esquartejado a mando do Rei Mouro Abderraman, e lançado ao Rio Gualdaquivir, do que renunciar à fé cristã...
Nascido na Galiza, Pelágio tinha 13 anos quando foi entregue como refém aos mouros em Córdoba. O emir Abderramão III, torpemente atraído pelo aspecto daquele menino, procurou seduzi-lo. Mas São Pelágio, indignado, respondeu: " Afasta-te, cão ! Pensas por acaso que sou um dos teus efeminados lacaios? “ A resposta valeu-lhe uma morte sofrida, já que foi cortado em pedaços, tendo os braços e os pés arrancados, e por fim foi decapitado e lançado ao rio…
O programa de hoje, conforme o habitual, constou de uma Procissão Solene, desde da Costa de Além até à Capela, seguindo-se a celebração eucarística, onde o Reverendo Padre João Paulo Teixeira, não deixou de aludir à nobreza e à firmeza do carácter de S. Pelágio que, apesar da sua tenra idade, não deixou de defender a sua fé e as suas convicções…pagando com a própria vida…
No entanto, é já no segundo fim-de-semana de Julho, que nesta terra, se realizam os verdadeiros festejos em honra de S. Pelágio, num programa atractivo, onde o religioso e o profano se juntam numa festa que é do povo e para o povo…numa devoção sentida ao padroeiro da localidade…

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Estrutura da Peres Competições esteve irrepreensível
FERNANDO PERES VENCE AGRUPAMENTO DE PRODUÇÃO
NO RALI DO FUTEBOL CLUBE DO PORTO


A dupla Fernando Peres / José Pedro Silva, em Mitsubishi Lancer Evo IX, esteve em grande plano no Rali do FC Porto, a prova recentemente disputada, do Campeonato Nacional de Ralis, vencendo o Agrupamento de Produção e ficando no 3º lugar na Classificação Geral, a escassos 1,42 minutos do vencedor absoluto, Bruno Magalhães.

Depois de um excelente quinto lugar no SATA Rallye dos Açores, onde foi o melhor português, a dupla portuense conseguiu, mais uma vez, atingir o objectivo delineados para esta prova do Nacional, permitindo à equipa manter-se na corrida pelo título.
“ Os objectivos foram conseguidos. Dominamos o Grupo N, conseguimos a pontuação máxima para o agrupamento e o carro não deu problemas. Na geral, conseguimos o terceiro lugar, que só podemos considerar como bom. Naturalmente que havia a possibilidade de tentar ficar à frente do Victor Pascoal mas, desta vez, foi impossível. Teríamos de arriscar demasiado, colocando em risco o nosso objectivo principal que é o Grupo N ”, declarou o piloto Fernando Peres, que continua a ter uma legião de fãs no território de Arouca, onde tem interesses familiares.
Mantendo um andamento forte desde a primeira especial, a dupla nortenha revelou a táctica para o Rali e o segredo de mais uma vitoria, referindo que, “ o segredo foi andar depressa desde o primeiro troço, ajudados por um carro que esteve excelente. Aproveitamos bem o “ shake-down “ para conseguir um bom acerto para as condições que se adivinhavam. As classificativas estavam complicadas, mas conseguimos impor um ritmo que nos colocava à distância dos restantes do Grupo N “, destacou Peres à imprensa.
“ Conseguimos ainda não perder muito para os S 2000, mas tentar acompanhá-los era impossível. Na segunda ronda da prova, resolvemos não arriscar e no primeiro troço da tarde até exageramos nas cautelas e a verdade é que em Luilhas 2 estave mesmo complicado “, evidenciou o piloto – dentista, que aproveitou para agradecer aos patrocinadores a aposta que continuam a fazer nesta dupla e na equipa técnica que, esteve uma vez mais irrepreensível.
Recorde-se que, a Peres Competições, para além de rubricar uma prova dura sem o menor problema, o mesmo aconteceu com os outros três carros que foram assistidos pela estrutura nortenha e agora é esperar pelo Rali Vinho da Madeira, no final do mês de Julho, em mais uma jornada do Nacional e Europeu de Ralis”.
Quanto à prova absoluta, Bruno Magalhães voltou às vitórias ao vencer o Rali F.C. do Porto com uma vantagem de 35.7 segundos sobre o piloto de Amarante, Vítor Pascoal.
Magalhães não entrou muito bem no primeiro dia da prova, porque abria a estrada e sentia o carro a “ flutuar ”, mas depois as coisas voltaram ao normal com o piloto da Peugeot a atacar muito forte e a consolidar a vantagem. Em 2º lugar posicionou-se Vítor Pascoal, que ainda chegou a vencer a 1º especial do dia, mas depois nunca conseguiu acompanhar o ritmo de Bruno Magalhães, mas nunca arriscando e pensando sempre na pontuação do campeonato.
No terceiro lugar do pódio, tal como já referimos, ficou Fernando Peres que venceu a Produção sem grandes problemas, pois o Adruzilo Lopes ficou a 42 segundos de diferença e na classificação geral, seguiu-se Vítor Lopes, Ricardo Moura e Barroso Pereira em 7º lugar da geral.
Recorde-se que, em termos de Campeonato Nacional, Fernando Peres ocupa a terceira posição com 26 pontos, atrás de Vitor Pascoal com 37 e Bruno Magalhães com 26, mas no Ranking Nacional, Peres ocupa a segunda posição com maior numero de vitórias em provas oficiais de ralis, com um registo de 30 vitórias contra 38 triunfos do famoso Joaquim Santos.
Fernando Peres que tem casa e família em Arouca, na zona de Figueiredo - Burgo, é tri-campeão nacional absoluto de ralis, várias vezes vampeão nacional do Grupo N e tem o excelente registo de sete vitórias no SATA RALLY dos AÇORES, prova pontuável para o Europeu da Especialidade, para além de ter sido já, Campeão de Ralis dos Açores, nas ultimas épocas.
Parabéns pois, ao amigo Fernando Peres e a toda a família Peres em Arouca, por mais esta grande vitória de um campeão que, apesar da idade, continua a mostrar que " a quem sabe nunca esquece " e a vincar com garra e entusiasmo, o seu talento no Campeonato Nacional de Ralis.
Cobertura total do palco está concretizada
CORTEJO A FAVOR DA FESTA DE S.PELÁGIO
RENDEU MAIS DE 2500 EUROS


Não se pode dizer que foi uma coisa em grande, nada comparado com anteriores edições, mas o Cortejo ontem realizado, a favor da Festa de S. Pelágio 2009, acabou por render mais de 2500 euros, o que até se pode considerar bastante razoável, atendendo à diminuta participação popular e aos escassos donativos em madeiras e lenha.

Convém, contudo, destacar que, tendo a Comissão de Festas assumido a organização dos festejos apenas na primeira semana de Abril, o tempo foi muito curto para preparar um evento mais digno e participado, se bem que não será mentira nenhuma dizer, que a vontade de colaborar por parte da população local, já teve melhores dias…e a crise instalada também não ajuda nada !!!
Já não se nota, ou melhor, não se vislumbra aquele entusiasmo de outrora, com grandes cestos e ofertas em grande, donativos de relevo, dezenas de tractores com madeiras e lenha, até porque o povo já não está tão colaborante, fruto talvez de abusos e atitudes indignas que foram cometidas mais recentemente e que deixaram marcas ( ou deveriam deixar, porque como diz o povo sério: quem não se sente não é filho de boa gente…. ).
O importante é que o Cortejo, que chegou a ter duas versões da letra para a mesma musica, mesmo sem ter grande participação popular, e uma presença maciça de gente de fora, acabou por correr bem e possibilitar a angariação de um bom dinheiro para ajuda das despesas da festa de 2009.
Os juízes José Maria Oliveira e Henrique Pereira Soares agradeceram a presença de todos aqueles que, de alguma forma, ajudaram à iniciativa, tendo sido apresentada a nova obra do adro da Capela de S. Pelágio, a cobertura total do palco, um investimento na ordem dos 4000 euros, pagos de imediato à empresa que concretizou o melhoramento, sem dúvida, de grande utilidade para as festas locais ou qualquer actividade cultural que ali se venha a realizar.
Ao contrário do que fora, pomposamente anunciado, não houve qualquer cerimónia inaugurativa relativa ao novo melhoramento na área da Capela de S. Pelágio, uma vez que chegou a falar-se até da presença do edil arouquense Artur Neves, se bem que algumas vozes discordantes se levantaram ( ainda que subtilmente ) pelo facto da nova cobertura do palco levar a denominação Comissão de Festas 2008/2009.
Recorde-se ainda, segundo foi outrora referido pelo reverendo local e divulgado depois, em programa da Comissão de Festas, o custo desta obra foi assumido através de uma parceria com a Junta de Freguesia de Espiunca e a Câmara Municipal de Arouca.
E não restam dúvidas que o adro da Capela de S. Pelágio, fica agora com melhores condições para grandes iniciativas e eventos….





No Torneio de Futebol de Onze de Vila Viçosa
CONSTRUÇÕES DO ARDENA
VENCEU FINAL DA TAÇA

A equipa representativa de “ Construções Ardena “, da vizinha freguesia de Nespereira, venceu ontem de manhã, a final da Taça de Futebol de Onze, que decorreu no Parque de Jogos de Vila Viçosa, no âmbito do III Torneio de Futebol de Onze, que a colectividade local está a promover desde meados de Maio.

A equipa liderada pelos veteranos Hernâni e Ricardo logrou chegar à vitória, numa partida bem disputada, onde os nespereirenses cedo chegaram ao 2-0 aproveitando falhas grosseiras do reduto defensivo da Associação Ecoturística Douro e Paiva e o “ adormecimento “ inicial da equipa proveniente de Souselo.
Mais tarde, mostrando-se mais afoita no sector ofensivo, a equipa do Douro e Paiva conseguiu organizar-se e equilibrar a partida, chegando mesmo, em jogadas de bom recorte técnico, a igualar a contenda e criar situações de perigo junto à baliza da representação de Nespereira.
Ao intervalo, o empate a duas bolas, era um resultado aceitável, tendo em conta o futebol desenvolvido por ambas as equipas.
Na segunda metade, continuou-se a assistir a um jogo bem disputado, com boas oportunidades a surgir de parte a parte, mas a equipa das Construções do Ardena mostrou-se mais resistente e soube tirar partido desse argumento, chegando com naturalidade à vantagem por 4-2, depois de mais alguns deslizes fatais na linha defensiva da turma souselense.
A equipa de Nespereira tornou-se, assim, a justa vencedora desta competição intermédia, associada ao Torneio de Futebol de Onze, que o CCR de Vila Viçosa está a realizar e que se prolonga até finais de Julho, sendo digno de destacar a prestação dos veteranos Hernâni e Ricardo que, apesar da idade que apresentam, ainda mostram vivacidade e mais entusiasmo que alguns jogadores bem mais jovens. Um exemplo a ter em conta…

terça-feira, 9 de junho de 2009



Crónica de Viagem

De Vila Viçosa ao Festival da Cereja de Resende
e uma descoberta na Serra de Montemuro


Em dia de canícula, preparei a “ tralha “ da reportagem e uma “ geleira “ bem atestada e cedo fiz-me à estrada para mais uma escapadita de fim-de-semana, procurando contrariar este agitado quotidiano, que nos traz mais tristes do que felizes, já que não tivemos a sorte de ter sido gerentes ou administradores do BPN ou do Banco Privado Português.

O movimento era grande à saída para Cinfães, ou não fosse este o dia grande da Romaria ao Senhor dos Enfermos, na vizinha freguesia de Fornelos, mas num ápice estávamos na EN 222, onde também não faltavam os habituais vendedores de ocasião, procurando contrariar os viandantes que tinham Resende e o seu oitavo Festival da Cereja como destino.
Iniciada a descida para Pias, foi com gosto que, na passagem por Porto Antigo, comecei a perceber que a cereja estava a bom preço e que resistia à inflação, até porque a colheita sendo excelente e em grande escala, quem acaba por ganhar é sempre o consumidor final e os preços da beira da estrada, quase sempre reflectem os praticados no Festival de Resende.
Depois de uma breve paragem em Caldas de Aregos para o pequeno almoço e para perceber a dimensão dos recentes melhoramentos ali concretizados, fruto do investimento municipal, potenciando uma nova atractividade turística nesta região do Douro Sul, seguimos viagem para Resende com a ânsia de cedo chegar, evitando a confusão de outros anos, já que em matéria de estacionamento costuma ser um pandemónio, mau grado o excelente trabalho da GNR e de muitos funcionários municipais que se esforçam para que as coisas corram pelo melhor.
Como jornalista foi-me, simpaticamente, reservado um lugar no estacionamento o Palácio da Justiça, bem no centro da urbe resendense, mesmo ao lado das viaturas da RTP que, neste dia, fizeram um programa especial em directo do Festival da Cereja de Resende e do grandioso cortejo temático.
O périplo pelas barraquinhas das cerejas foi imediato, não sem antes apreciar a entrada da Banda Musical de S. Cipriano A – Velha, que desde há muito conheço das actuações de sábado de S. Pelágio, e dos excelentes Grupos de Musica Tradicional Portuguesa, Romeiros de Ourém e de Mar de Pedra.
Os visitantes apinhavam-se para ir “ repenicando “ aqui e acolá, e por um euro e meio o kilo, mais de uma centena de “ stands” ofereciam as maravilhosas cerejas de Resende, e mais abaixo, do recinto principal, lá estavam à venda a outra grande especialidade da doçaria de Resende, as suas famosas cavacas, misturadas com outros vendedores de licores, compotas e artesanato local.
Abastecidos de cereja e de umas fatias doces, saímos da urbe resendense antes da hora de almoço, orientando o percurso de regresso pela vertente da Serra de Montemuro, procurando utilizar os bons acessos ali concretizados, também fruto dos investimentos das empresas que, por ali, concretizaram diversos Parques Eólicos, e com quem, a edilidade de Resende, soube estabelecer parcerias, cativando natural benefício para a região.
Passei em Santa Maria de Cárquere, para visitar num ápice, a sua igreja e o que resta do antigo mosteiro, referenciado no livro “ Ilustre Casa de Ramires “ e atingimos o planalto serrano e desde logo, no Monte de S. Cristóvão, na freguesia de Felgueiras, onde encontramos um dos miradouros mais deslumbrantes de Resende, onde a vista perde-se no horizonte.
No centro do miradouro, a 1114 metros de altitude, está a capela dedicada a S. Cristóvão, em forma de mastaba oriental, onde a 25 de Julho, se realiza uma das feiras anuais mais emblemáticas da região, onde são premiadas as melhores espécies da raça arouquesa.
Depois de uma breve paragem na aldeia da Talhada, seguimos viagem para a freguesia da Panchorra, a mais serrana do território de Resende, já na partilha com os domínios de Cinfães, com o Rio Cabrum a servir de zona de fronteira com a vizinha freguesia da Gralheira,
A aldeia da Panchorra guarda ainda as vivencias de outrora, de tempos mais difíceis, e por aqui sente-se bem o isolamento e amargura da interioridade. As rústicas casas de colmo, as portas arcaicas, a frescura da ribeira, os pastores que, na sombra dos carvalhos, olham pelos rebanhos, para além da simplicidade e autenticidade de gente simples e hospitaleira, que confere a esta aldeia características únicas.
Por aqui não se pode deixar de visitar a Ponte da Panchorra, a beleza estonteante da paisagem, a sombra dos carvalhos e amieiros, o espelho de água natural que torna este recanto num agradável e atractivo espaço para merendas e descanso absoluto.
Daqui à Gralheira, a segunda aldeia mais alta de Portugal, a seguir ao Sabugueiro, na Serra da Estrela, é um instantinho e continua a ser um regalo chegar até aqui, ficar extasiado a contemplar uma policromia maravilhosa e conviver com um povo simples, humilde e hospitaleiro.
Estamos a 35 km da sede do concelho de Cinfães, na “ princesa da serra “, a aldeia mais típica da Serra de Montemuro, onde a sua gente está mais ligada ao vizinho município de Castro Daire, muito mais próximo e ligado por excelentes vias de comunicação.
Nos seus usos e costumes a história repete-se, a Gralheira continua a cativar e cercada por altas montanhas, abundam os planaltos e os outeiros, a paisagem é deslumbrante, quer coberta de neve no Inverno ou mesmo nos belos dias de Verão, sendo cada vez mais visitada, pelo menos ao fim de semana, onde os seus dois típicos restaurantes não têm “ mãos a medir “ para satisfazer a numerosa clientela que sobe a serra, à procura do sossego, dos bons ares e da excelente cozinha regional.
No centro da localidade, em local frondoso, a ribeira foi outrora aproveitada para uma piscina natural, o grande atractivo da Gralheira, e a autarquia potenciou o espaço com um agradável parque de merendas, onde não falta sitio para acampar, com WC’s públicos ( erradamente fechados ao fim de semana ) e água corrente, sempre fresquinha para matar a sede a quem por aqui passa.
No regresso, ainda por terras de Ramires, fizemos uma paragem pela quase desertificada aldeia de Vale de Papas, onde se podem ver algumas coberturas de colmo, e seguimos adiante para descermos ao Rio Bestança, recordando o tempo da gestão de Cerveira Pinto, quando avançou com a nova travessia entre Soutelo e Granja, já a caminho de Tendais e da EN 222.
Parámos para o cafezito da praxe numa esplanada à beira da estrada, e tivemos a oportunidade de constatar as obras do Complexo Social de Tendais, uma obra importante da Associaçao de Solidariedade Social daqula freguesia serrana, ficando adiada, para uma próxima passagem uma visita à aldeia de Vila Viçosa, de Cinfães, desde há muito registada em agenda, mas não evitamos uma paragem, para uns registos fotográficos, no belissímo miradouro de Azevedo, ali bem perto do Restaurante Solar de Montemuro, ficando para mais tarde uma espreitadela à loja do senhor Alberto, de Travassos, onde a fama de um bom bacalhau frito já vem de longe, apesar do Fernando Ferreira ainda, simpaticamente, manter o convite de pé.
Havemos de voltar, se Deus nos permitir, em mais uma escapadita de fim de semana, com outras historias e relatos deste espaço que nos rodeia e que temos gostos em descobrir e dar a conhecer…
Toneladas de boa cereja atrairam os visitantes

Sempre boa musica tradicional portuguesa

Presidente da CM de Resende e convidados

A Banda de Musica de S. Cipriano A Velha

Muita animação durante o Festival da Cereja

Cortejo temático do Festival da Cereja em Resende

Parques eólicos povoam a Serra de Montemuro

Boas estradas no planalto serrano de Montemuro


Aldeia da Gralheira, a " princesa da serra " de Montemuro

Parque de merendas e piscina natural da Gralheira

Aldeia Típica de Vale de Papas, em Cinfaes


DEPOIS DO AFASTAMENTO DA TAÇA
CCR de Vila Viçosa averbou nova derrota
no Torneio de Futebol de Onze


A Associação Desportiva de Travanca impôs nova derrota à equipa do CCR de Vila Viçosa em mais uma jornada do III Torneio de Futebol de Onze que está a decorrer no recinto desportivo da localidade, desde meados de Maio.

A equipa vizinha esteve a ganhar por 2-0, mas os locais reagiram e ainda conseguiram reduzir por Marcelo Teixeira, mas não conseguiram chegar ao empate, apesar do esforço feito nos momentos finais da partida.
Desfalcada de alguns dos seus principais elementos, a equipa do CCR de Vila Viçosa conseguiu aguentar a pressão imposta pelo adversário e chegou mesmo a dar boa réplica na primeira metade do encontro, daí o empate a zero registado ao intervalo.
No segundo tempo, as coisas foram bem diferentes neste jogo, com a equipa de Travanca a surgir mais afoita no ataque e criar constantes situações de perigo no reduto defensivo da equipa de Vila Viçosa, daí a naturalidade de ter chegado rapidamente ao 2-0.
A equipa local chegou a reagir e conseguiu reduzir a diferença, mas o tempo escasseava e tornou-se difícil chegar à igualdade, já que a equipa da AD de Travanca fechou bem o sector defensivo e a logrou aguentar o triunfo, ainda que tangencial.
Depois da derrota com a equipa da AD Ecoturismo Douro e Paiva, da freguesia de Souselo, e o consequente afastamento da Taça, a turma da CCR de Vila Viçosa, que raramente apresenta o mesmo plantel, averbou agora a segunda derrota deste Torneio de Futebol de Onze e começa a ser difícil consolidar um lugar que lhe permita passar à fase seguinte da prova, se bem que ainda há muitas jornadas pela frente. A ver vamos, como correm os próximos jogos...

Equipa do CCR de Vila Viçosa


Equipa da Associação Desportiva de Travanca

quinta-feira, 4 de junho de 2009



O Direito à opinião e à indignação
AINDA A PROPÓSITO DA EVENTUAL ALIENAÇÃO
DA ESCOLA PRIMÁRIA DE VILA VIÇOSA

Numa sociedade livre e democrática, todos temos direito à opinião, a exercer a cidadania, se bem que alguns só a exerçam por interesse próprio, mas adiante...

Todos temos, óbviamente, de respeitar os outros, o direito ao contraditório, de ouvir o pensamento dos outros, mesmo que não coincidente com o nosso.Vem isto a propósito, da recente decisão da Câmara Municipal de Arouca, em recuar na alienação de algum património escolar já desactivado no concelho, onde incluída estava o edifício e área envolvente da Escola Básica do 1º Ciclo de Vila Viçosa. Ouvi muitos comentários acerca do assunto e nem opino sequer sobre a legitimidade de quem os fez, mas não admito e muito menos tolero, que haja gente que pense que só o que eles dizem é que serve, o que eles pensam é que está correcto...
O caciquismo retrógrado e as teorias de quem pensa, que tem o " rei na barriga " e que é apologista do " quero, posso e mando " já não servem e não resultam numa sociedade que se quer aberta e pluralista, onde todos têm o direito de expressar, de forma construtiva, as suas sugestões. De resto, algumas são desprovidas de fundamento legal, assentam em ideias ocas de quem pensa que as regras associativas ou os imperativos legais são simples requisitos de que se pode fazer " tábua rasa " a qualquer momento, sem ter que dar contas a ninguém... Em devido tempo e porque algumas movimentações ( legítimas, mas que não deixaram de estranhas) surgiram, face ao atraso de uma posição frontal por parte da autarquia da Espiunca, eu próprio assumi uma opinião sobre o assunto em epigrafe, fazendo questão de deixar alguns sugestões ao nosso edil arouquense ( que abaixo reproduzo na íntegra ) numa atitude de cidadania que interessa preservar e incentivar. É mais fácil se queixar dos políticos, culpar a má qualidade dos serviços prestados à população e seguir encapsulado na própria individualidade. Aceita-se o inaceitável porque denunciar, exigir seus direitos demanda uma atitude. Com isso, vai-se deixando pra lá o que não faz sentido deixar passar.
Todavia, é bom perceber que, exercer a cidadania pode ser tomar uma atitude para denunciar, exigir, cobrar. Pode ser participar de uma associação de moradores, colaborar com órgãos de proteção ambiental, lutar pelas crianças, idosos, defender os animais.
Qualquer forma de participação, seja individual, coletiva, organizada ou ocasional. O fundamental, portanto, é não tomar o inaceitável como natural.
Ainda que isso custe àqueles que pensam que podem tudo e que só a opinião deles é que conta:


Ao Exmº Senhor
Eng.º Artur Neves
Presidente da Câmara Municipal de Arouca
Paços do Concelho
4540 Arouca

Assunto : Alienação de património escolar

Nos últimos tempos, tem vindo a público, alguma informação relativa à intenção da CM de Arouca vir a alienar instalações escolares, nomeadamente aqueles edifícios que, tendo sido desactivados pelo Ministério da Educação, estão agora fechadas e abandonadas, como é o caso da Escola Primária de Vila Viçosa, na freguesia de Espiunca.

· Nesse sentido e considerando que este edifício escolar mantém, ainda, um bom estado de conservação e oferece boas condições de utilização e habitabilidade;

· Considerando a sua boa localização, na zona central do lugar, possibilitando uma vigilância constante a qualquer utilização que ali se possa instituir;

· Considerando o excelente logradouro que apresenta, a rondar os 1500 m2, que permite outras utilizações, estacionamento e serviços de apoio;

· Considerando que, na freguesia não existe, em termos comerciais, nenhum alojamento público ou privado, de modo a acolher quem nos visita ou por aqui pára de passagem;


· Considerando ainda, que a freguesia, tendo o Rio Paiva como cenário privilegiado para a crescente prática do desporto - aventura das “ Águas Bravas “, não tem instalações para promover a modalidade e prestar serviços de apoio aos milhares de praticantes que nos visitam;

· Considerando por último, Sr. Presidente da Câmara, ser melhor ideia do que destinar as instalações escolares para uma única opção social que, como Centro de Dia, não terá grande possibilidade de vingar, atendendo à reduzida população deste lugar e da freguesia, atendendo às burocracias impostas para a criação de novas IPSS e à responsabilidade financeira e de gestão que tal equipamento social iria impôr, com a obrigatoriedade de contratação de pessoal auxiliar e técnico especializado;

Venho junto de V/Ex.ª solicitar que possa aceitar a sugestão para que a antiga Escola Primária de Vila Viçosa se mantenha " ad perpetuum " na posse do Município de Arouca, mas que possa servir para acolher um provável centro de estágio e promoção das “ Aguas Bravas “, talvez uma espécie de “ Albergue Juvenil “ ou instituição similar, a exemplo do alojamento paroquial da freguesia, com biblioteca e acesso à Internet disponível também para a comunidade local, eventualmente sob a tutela da Junta de Freguesia, do Centro Cultural e Recreativo local, ou até de uma nova colectividade, que entretanto, podia ser criada para o efeito, desde que com todos os requisitos legais.

Com os melhores cumprimentos
Carlos A. A. Oliveira

2009/03/12

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Cidália Nunes e Ademar Semblano
CASAL DE VILA VIÇOSA REMETEU-NOS
RECORDAÇÃO PROVENIENTE DA SUÍÇA

É com grande satisfação que aqui deixamos uma foto que nos chega da Suíça, onde este casal de conterrâneos está a trabalhar, em mais uma temporada vitivinícola.

Ficamos felizes por, no âmbito do desafio anteriormente proposto, ter sido aceite o repto e agora conhecer o trabalho quotidiano deste casal amigo, Ademar Semblano e Cidália Nunes, de Vila Viçosa, laborando em Dardagny, muito próximo da emblemática cidade de Genéve, ao lado de outros amigos conhecidos como a Ilda Semblano e o António Noronha.
Gostaríamos que, outros conterrâneos de Vila Viçosa, ou até mesmo de terras vizinhas, espalhados pela diáspora, nos pudessem, também, remeter fotos ou contar peripécias da experiência vivida na emigração.
É que, além de ficarmos a conhecer aspectos de vidas de luta e de sacrifício, de gente honrada que procura um melhor rendimento que por cá, infelizmente, já escasseia, ao mesmo tempo, este registo serve, em jeito de recordação, para dar algum ânimo aos familiares que cá estão…mas mantêm a saudade em alta.
Continuamos na expectativa de que, outras fotos e outros relatos, nos possam chegar, desde o Brasil, da Suíça, da França, Luxemburgo, Alemanha, da Espanha, da Andorra, ou de qualquer outra parte do Mundo, onde possa estar gente que, sendo de Vila Viçosa, ou da freguesia, nunca esquecem a terra que os viu nascer e que, apesar de todas as vicissitudes, ainda recordam com natural saudade…
Vá lá, o desafio mantém-se.... um abraço a todos.


Associação de Melhoramentos da Freguesia de Espiunca
Ilegalidade até quando?

Fundada em Setembro de 1984, a Associação de Melhoramentos da Freguesia de Espiunca, viu os seus “ estatutos “ publicados em Diário da República em Outubro do mesmo ano e o seu objectivo inicial era realizar eventos culturais e promover acções orientadas para o benefício e bem-estar da população da freguesia, podendo mesmo, como colectividade autónoma, complementar o trabalho da própria Junta de Freguesia em matéria de apoios e benfeitorias locais.

E dizia era, porque se no período inicial da sua criação, a Associação de Melhoramentos teve elenco directivo ( apesar de nunca ter funcionado de acordo com as normais regulamentares e associativas ) e ter promovido algumas obras na freguesia, nomeadamente ao nível da melhoria de caminhos rurais, a verdade é que cedo deixou de existir como colectividade activa, transparente e com as contas em dia.
Ao ganhar “ estatuto legal “, a Associação de Melhoramentos da Freguesia de Espiunca passou a ter direitos e obrigações, compromissos essenciais para garantir personalidade e credibilidade associativa e suporte legal, mas infelizmente não foi isso que se viu e aconteceu desde meados da década de oitenta e muito por culpa dos seus responsáveis que, na ocasião, acumulavam também os cargos e o poder na Junta de Freguesia.
Aliás, não será mentira nenhuma, se for sublinhado que, tempos houve em que, não se sabia bem onde começava a Associação de Melhoramentos da Freguesia de Espiunca e acabava a Junta de Freguesia de Espiunca e vice-versa…a confusão era total, mas havia interesse que assim fosse, até porque era fácil misturar as coisas e fazer crer que uma determinada obra ( como a que a foto documenta, em Vila Viçosa ), um certo melhoramento pago pela Associação de Melhoramentos fosse assumido como concretizado pela Junta de Freguesia.
E exemplos não faltam, se for preciso recordar ou avivar a memória dos mais tacanhos...
Por outro lado, a Saibreira de Rebolhos, património da Associação de Melhoramentos da Freguesia de Espiunca, nunca teve uma gestão correcta e regulamentada, mas andou sempre sem “ rei nem roque “, uma vez que qualquer pessoa pode carregar carradas de saibro sem ter que dar explicações a alguém, como infelizmente continua a acontecer, chegando ao ponto de gente de terras vizinhas, Nespereira e Fornelos, vir ali carregar tractores de saibro para obras e reparações de acessos.
Há quantos anos pois, continua a Associação de Melhoramentos da Freguesia de Espiunca à deriva, sem se conhecer trabalho feito ou o rosto dos seus responsáveis? Onde tem sede, onde está o seu elenco directivo e quantos associados tem e onde estão registados? E as suas quotas? Quantas Assembleias – Gerais se realizaram, onde estão os Planos de Actividade e os Relatórios de Contas de todos estes anos de inactividade?
Se a Associação de Melhoramentos da Freguesia de Espiunca não existe, não tem actividade, porque razão a situação se mantém e a quem interessa manter este estado de coisas?
Porque razão há quem se julgue dono exclusivo da agremiação, que devia ser de todos, da comunidade ?
RESPONDA QUEM SOUBER….