terça-feira, 31 de março de 2009

Livro dedicado à Terceira, nos Açores

Guido de Monterey publicou nova versão
sobre “ A Ilha de Jesus Cristo “

As Ilhas do Oriente também reeditadas

Numa edição da empresa “ Ver Açor Ldª “, o conhecido escritor cinfanense Guido de Monterey, acaba de lançar a 3ª edição, revista e aumentada, da sua magnífica obra “ Terceira – A Ilha de Jesus Cristo “ dedicada a este território encantador do Grupo Central do Arquipélago dos Açores, onde conta com a colaboração, em matéria de registo fotográfico, do jornalista Carlos Oliveira.

Em jeito de homenagem à ilha das festas e solenes tradições, da fé e da coragem, da abnegação e da fraternidade, o conhecido escritor radicado no Porto prossegue a sua saga atlântica, dedicando especial carinho à ilha histórica, das hortênsias e dos impérios, onde outrora nasceu o romancista Vitorino Nemésio.
Entre tantas obras já publicadas, desde romances, novelas, monografias e guias turísticos, muitos deles vertidos em várias línguas, esta é mais uma obra de relevante interesse turístico e cultural, a juntar a tantas outras, onde Guido Monterey aborda a realidade açoriana com um recorte literário caprichado e cativante e uma impressionante riqueza de pormenores.
Dir-se-ia que uma avalanche de amor o aprisionou ao arquipélago açoriano, dedicando a sua idolatria a todas as ilhas, muito embora seja a majestosa Ilha do Pico, terra do famoso verdelho outrora servido aos Czares da Rússia, a rainha da sua predilecção.
No seu jeito de relatar acontecimentos e evidenciar histórias, o autor demonstra um carinho especial pelas ilhas da Graciosa, S. Jorge e Santa Maria, talvez porque sendo menos conhecidas, o escritor procure compensá-las, oferecendo aos leitores um conhecimento mais completo e profundo.
Sem dúvida que, ao ler este livro, cada vez mais se gosta da terra açoreana, confirmando-se que, na imensidão atlântica, a Terceira é terra de alegria e graciosidade, no sol que a beija, nas flores que a vestem, na bravura das touradas à corda, na festas dos impérios e na religiosidade e simpatia do seu povo.
Quadros de uma beleza ímpar que Guido Monterey tão bem sabe retratar, numa linguagem acessível que a todos cativa e contagia...
Para além da colaboração da CM de Angra do Heroísmo, esta obra da “ Ver Açor “,conta com a participação fotográfica do jornalista Carlos Oliveira e de João Magina, da Associação “ Os Montanheiros “.
Recorde-se que, entre tantas outras obras dedicadas ás ilhas açoreanas e ao Arquipélago da Madeira, o escritor Guido Monterey tem em preparação novas edições sobre as ilhas da Madeira, do Pico, Faial, Santa Maria e S. Miguel, bem como uma interessante monografia sobre os bairros populares de Lisboa e outra sobre os “ arrabaldes “ da invicta cidade do Porto.
Por outro lado, Carlos Oliveira disponibiliza, ainda, a sua colaboração no livro sobre a Ilha de S. Miguel, bem como na monografia sobre Castelo de Paiva, editada já em 1997.
Surgiu assim, com digna apresentação e brilho, a terceira edição revista e aumentada de “ Santa Maria e S. Miguel – as ilhas do Oriente “, um trabalho notável que evidencia o encanto destas ilhas, abordando a sua história, o seu potencial turístico, a divisão administrativa, os usos e costumes e o fervor religioso das suas gentes.
O escritor, nascido nas terras de Cinfães, voltou a realçar o gosto pela realidade açoreana, escrevendo com conhecimento de causa, com realismo e requintes de poesia, numa linguagem sedutora que cativa o leitor a fazer a viagem e a conhecer estas paragens atlânticas, a meio caminho entre a Europa e a América, cujas crónicas de viagem prometemos também aqui editar, para conhecimento geral.

domingo, 29 de março de 2009


No Torneio de Futebol de 7 em Vila Viçosa

VILA COVA DERROTA ESPIUNCA
NO DERBY DA FREGUESIA

Não se pode dizer que foi uma partida brilhante, mas também não era isso que se esperava neste " derby " entre duas equipas da freguesia, no Torneio de Futebol de Sete que, desde meados de Março, está a decorrer no Parque Desportivo de Vila Viçosa.
Foi antes um jogo com algum interesse, muito disputado, pelo menos na primeira metade, quando a equipa da Espiunca foi aguentando o adversário e equilibrando o jogo, daí o nulo que se aceitava perfeitamente ao intervalo.
No segundo tempo, a turma de Vila Cova forçou mais o ataque e soube aproveitar bem os deslizes dos rapazes da Espiunca, facturando por três vezes, destacando -se falhas grosseiras no sector defensivo e algumas saídas em falso do guardião da equipa da Espiunca.
No final, vitória justa de quem mais lutou pelo golo, numa partida marcada por alguma agressividade de parte a parte, com algumas entradas demasiado violentas, que podiam ser bem evitadas.


A equipa de Vila Cova

A equipa de Espiunca


sábado, 28 de março de 2009

De Vila Viçosa ao Alentejo


Porta de entrada na região do grande lago
Uma visita ao município do Alandroal
a terra das três vilas e dos três castelos









Por Carlos Oliveira *

“ Na mesma guerra vê, que presas ganha
Est’ outro capitão de pouca gente;
Comendadores vence e o gado apanha
Que levam roubado ousadamente
Outra vez que a lança em sangue banha
Deste só por livrar c’o amor ardente
O preso amigo, preso por leal
Pêro Rodrigues é do Landroal !! “

Foi assim que o grande poeta Luís Vaz de Camões se referiu ao território do Alandroal na épica obra dos “Os Lusíadas”, terra de encanto e de gente acolhedora que, a propósito de mais um Congresso de Informação Municipal, visitei recentemente, voltando à raia alentejana, região de largos horizontes, de boa comida e excelentes vinhos, onde é fácil perder-me de encanto pela sua monumentalidade militar e ambiente sereno e saudável.

A viagem faz-se bem, se tivermos em conta que a utilização da A1 até à saída para Torres Novas e depois a A23 até perto de Abrantes, encurta o tempo de percurso e coloca-nos rapidamente na planície alentejana
Atravessado o Tejo, seguimos pela EN 2 até Ponte de Sôr e daí pela EN 119 para Alter do Chão, terra localizada na Via Romana Lisboa – Mérida, e sede da antiga Coudelaria Real, uma instituição fundada nos finais do Reinado de D. João V, em 1748.
Com bom piso e rectas a perder de vista, a EN 245 passa por Fronteira e Sousel e num ápice leva-nos a Estremoz, a cidade branca, rodeada de muralhas e da riqueza do mármore branco.
Cruzamos depois a A6, a auto – estrada que liga a capital a Badajoz e por Borba e a histórica Vila Viçosa, eis que chegamos a Alandroal, terra antiga, de resistência militar, fundada por D. Lourenço Afonso, outrora Mestre de Aviz.
Pertencente ao distrito de Évora, Alandroal é uma bonita vila alentejana, localizada na margem direita do Guadiana e sede de um município fronteiriço com 544 km2 de área e cerca de 6600 habitantes, subdividido por seis freguesias: Nossa Senhora da Conceição, Capelins, Juromenha, São Brás dos Matos ( Mina do Bugalho ) Santiago Maior e Terena.
Elevada à categoria de vila em 1486 por uma Carta Foral atribuída por D. João II, mais tarde confirmada por D.Manuel em 1514, esta terra do agora denominado Alentejo Central, é limitada a norte pelo município de Vila Viçosa, a leste pelo território de Olivença, ocupado e roubado pela vizinha Espanha, a sul por Mourão e Reguengos de Monsaraz e a oeste pelo concelho do Redondo.
Ao concelho do Alandroal foram anexados, no século XIX, os territórios dos antigos municípios de Terena e Juromenha, onde ao nível do património edificado se destacam as suas fortalezas, estruturas de defesa que justificam bem uma demorada visita.
A povoação de Vilareal, situada no território de Olivença, era uma localidade do antigo concelho de Juromenha, por isso, no âmbito da administração espanhola, o estatuto desta povoação continua indefinido, até porque o Estado Português, apesar da diplomacia pouca coisa ter feito, nunca reconheceu a soberania espanhola sobre o território abusivamente ocupado de Olivença.
Porta de entrada para a região do grande lago, a terra do Alandroal é um município acolhedor, de grande potencial turístico, não só por ser um concelho com três castelos, mas sobretudo porque estamos a um passo da imensidão do Alqueva, um recurso natural de excelência, agora também aproveitado para os cruzeiros fluviais.
Um riquíssimo património histórico e uma deslumbrante paisagem natural são duas características desta terra, profundamente marcada pelo Rio Guadiana e por magníficas construções que retratam um passado histórico repleto de lutas e emoções.
Particular destaque merece igualmente o Santuário da Boa Nova, um templo fortaleza construído em meados do século XIV que constitui um magnífico exemplo da arquitectura medieval, muito raro no nosso país.
O Pelourinho de Terena, a Ponte Romana, a Fonte Monumental da Praça, localizada na sede do concelho e variadíssimas igrejas de grande beleza arquitectónica e decorativa constituem outros motivos de interesse para conhecer este recanto fronteiriço de Portugal.
Tal como o diversificado património arqueológico, os ambientes naturais, a paisagem da zona envolvente das barragens e a proximidade com o país vizinho, são argumentos que cativam e incentivam a uma viagem mais demorada.
Os saberes da região alentejana espreitam-nos a cada esquina e quem por aqui anda pode deliciar-se com os cheiros e os sabores de pratos tradicionais, apreciar vinhos encorpados de qualidade superior e até maravilhar-se com as formas dadas por artesãs que dão vida ás mais diversas meterias primas.
Aconselho mesmo uma visita ao Restaurante Típico “ A Maria “, mesmo por detrás do Castelo, referência gastronómica na região, de pessoal simpático, com um interior que recolhe a herança das verdadeiras tradições alentejanas e onde se come uma sopa de cação divinal e uma saborosa carne de porco com migas, petiscos que sabem bem com um tinto forte “ Aldeias de Juromenha “, vinho recente da Herdade dos Outeiros Altos, ou um “ Callistus Tinto 2005” , da região de Reguengos, produzidos à base das famosas castas aragonês e trincadeira.
O Rio Guadiana passa mesmo ao lado, com as suas típicas azenhas, mas o Castelo do Alandroal continua a ser o ex-libris da vila, como monumento nacional mandado construir no Reinado de D. Dinis, destacando-se ainda a Igreja Matriz, do Séc. XV.
Uma visita ao concelho do Alandroal não pode deixar de lado imóveis patrimoniais de assinalável interesse, como são as igrejas e ermidas localizadas nas diversas povoações que integram o município, mas merecem uma referência especial a Igreja de Nossa Senhora da Conceição e Igreja da Misericórdia, para além das pinturas de rara beleza existentes na Ermida de S. Bento.
Município essencialmente rural e com uma forte dinâmica ao nível do artesanato, as gentes do Alandroal vivem também da agro – pecuária e da actividade silvícola, mas a região ainda possui recursos minerais de ferro e cobre ( Minas do Bugalho ), sendo que a Expo-Guadiana, a realizar na primeira semana de Julho, é um dos eventos mais importantes deste concelho, atraindo milhares de visitantes, muitos deles do outro lado da fronteira, á procura de bons vinhos e dos melhores petiscos.
Eleito para um segundo mandato, o actual presidente da Câmara Municipal de Alandroal é João Martins Nabais, um autarca dedicado à sua terra, cujo grande orgulho são as obras de reabilitação concretizadas no espaço do Largo do Arquiz, complementarizadas com a imponência de um moderno e funcional Fórum Cultural Transfronteiriço, a fazer inveja a terras com maior dimensão.

As fortalezas do Alandroal e a terra “ roubada “ de Olivença

Um dos atractivos do concelho do Alandroal é a Fortaleza de Juromenha, importante Praça de Guerra, classificada como Imóvel de Interesse Público, outrora conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques, que chegou a ter Governador e Guarnição Fixa, ponte de defesa estratégico no Vale do Guadiana e que, entre a Guerra da Restauração e a Guerra Peninsular, sobre o rio cuja travessia fechava, foi considerada uma das chaves da fronteira na região do Alentejo.
Recordo que, no contexto da restauração da independência portuguesa, a partir de 1640, e ante a iminência de uma invasão espanhola, impôs-se a completa reestruturação das fortificações fronteiriças de Portugal, adaptando-se muitas estruturas ainda medievais ás exigências da artilharia daquela época, como foi caso desta fortaleza raiana.
O francês Nicolau de Langres, foi o responsável das obras de modernização do castelo em 1646, mas a traição falou mais alto e passou para o lado do vizinho inimigo, comandando ele próprio uma investida militar em 1662 contra a fortaleza que ele próprio construíra, tomando a sua posse para a coroa espanhola até ao Tratado de Lisboa, em Fevereiro de 1668, ocasião em que retornou á posse portuguesa.
Com a perda da sua função defensiva, diante da evolução dos meios bélicos, entrou em decadência, até ao seu abandono em 1920 e foi a Direcção-Geral dos Monumentos nacionais que assumiu algumas obras de recuperação e restauro até 1966.
Impressionando pela sua antiguidade, a vila de Terena, com o seu castelo, ergue-se no alto do monte e assume-se como terra de convicção e de recordações. É das mais antigas vilas da península e foi fundada em 1262, na zona onde se ergue a Igreja da Boa Nova ( mandada construir em agradecimento pelo triunfo na Batalha do Salado ), mais tarde para o morro que hoje ocupa e onde existia, desde o século XIII o imponente castelo fronteiriço.
O foral da vila data de 1262 mas o castelo só foi edificado no século XV, constituindo um notável exemplar de fortaleza senhorial do período manuelino. A sua construção foi ordenada por D. João I, monarca que integrou o burgo no padroado da Ordem de Avis.
O antigo concelho de Terena, que abrangia as freguesias de Terena, Capelins e Santiago Maior, foi extinto em 1836, estando desde então integrado no concelho de Alandroal. O município tinha, de acordo com o recenseamento de 1801, cerca de 2 mil habitantes. Já nos finais da década de 1970, foi construída nesta freguesia a Barragem do Lucefécit, que permitiu o desenvolvimento da agricultura de regadio nesta vasta região da fronteira alentejana.
Bem próximo, do outro lado da fronteira e do Rio Guadiana, entramos no município de Olivença, território português abusivamente ocupado pela soberania espanhola, com estatuto de cidade, inserido na província de Badajoz e integrando a Comunidade Autónoma da Extremadura.
A posse de Olivença foi assumida pela coroa portuguesa em 1297, e anexada pela Espanha em 1801, mas ainda hoje, oficialmente, a República Portuguesa não reconhece a soberania de Espanha sobre aquele município e considera-o português “ de jure “.
Com cerca de 480 km2, e apenas a 23 km da cidade de Elvas e 24 km da pujante cidade de Badajoz, o território de Olivença apresenta-se de forma triangular, com dois dos seus vértices na margem esquerda do Guadiana, sendo de destacar a aldeia de Vila Real que, à altura da ocupação, fazia parte da freguesia e concelho de Juromenha, actualmente no município de Alandroal, tendo também sido anexada pelos interesses espanhóis.
Sabe-se que, na delimitação da fronteira entre Portugal e Espanha faltam ainda colocar 100 marcos, desde o nº 801 e o nº 900, já que os dois acordos de definição fronteiriça de 1864 e 1926 deixaram de delimitar uma faixa do Alentejo coincidente com o Território de Olivença, em resultado de Portugal não reconhecer a soberania espanhola sobre a região e em virtude de Espanha continuar, orgulhosamente, a adiar a reentrega desta parcela portuguesa.
Recorde-se que o Projecto do Centro de Estudos de Arquitecturas Transfronteiriças, criando em Olivença em 1995, contem a seguinte afirmação, que se considera bem esclarecedora sobre este problema, que jamais deve ser ignorado pelo Estado Português:
Desde una perspectiva diplomática, Olivenza resulta ser uma matéria pendiente entre ambos os países, hasta el punto que la comisión interministerial encarregada de revisar los limites fronteirizos entre ambos os países, dejan permanentemente sobre la mesa la delimitacion de los marcos fronterizos que se corresponden com el termino municipal oliventino
Para que o silêncio português não seja entendido como reconhecimento tácito da abusiva ocupação espanhola das terras de Olivença, a diplomacia de Portugal tem recordado à Espanha, periodicamente, e não tantas vezes quantas seria necessário, os direitos que nos assistem para reavermos o município oliventino.
Neste contexto, os Correios Portugueses partilham esse sentimento e não atribuem sequer qualquer Código Postal ás localidades do Território de Olivença.
E se é certo que a questão da ocupação espanhola não é um assunto que motive a discussão por estes lados, por diversas razões que toda a gente conhece, a começar pelo melhor nível de vida do outro lado da fronteira, não deixa de ser verdade que, se a Espanha possuísse algum argumento válido para justificar esta anexação abusiva, fundamentá-lo-ia no Tratado de Badajoz de 1801.
Ora acontece que este tratado, juntamente com o Tratado de Madrid rubricado no mesmo ano, perdeu o seu valor jurídico, considerando-se nulo e de nenhum efeito, mas a verdade é que “ nuestros hermanos “ apenas continuam a olhar para o seu “ umbigo “, conforme se comprova na reivindicação constante do Estreito de Gibraltar aos ingleses, ao mesmo tempo que não cedem um milímetro nas duas regiões que detêm no Norte de África, na costa marroquina.
E nunca será demais lembrar que o Tratado de Badajoz foi negociado entre as duas partes no conflito : Portugal, na triste condição de estado invadido, e a França e a Espanha unidas, como estados invasores.
Voltarei, no entanto, com outras histórias em outros cenários, deste país tão belo que, muitos ainda teimam ignorar e destruir…


* Jornalista

sexta-feira, 27 de março de 2009

A CONVITE DA EDILIDADE CINFANENSE

AGRUPAMENTO MUSICAL SONDAGEM INTEGRA
O CARTAZ DAS FESTAS DO S. JOÃO DE CINFÃES



O Agrupamento Musical Sondagem, depois de ter apresentado o seu trabalho discográfico na Paivense FM e na Radio Montemuro, está a preparar um Verão em grande, com dezenas de actuações na região e em outras regiões do país, com particular destaque para a zona de Tráz -os Montes e Alto Douro, para onde tem previstos vários espectaculos no mês de Agosto.
Todavia, o Grupo Sondagem evidencia a sua satisfação por, um vez mais, e por especial deferência da Câmara Municipal de Cinfães, marcar presença nas grandiosas festividades em honra do S. JOÃO, naquela vila duriense.
Em breve, o Agrupamento Musical Sondagem vai, também, estar nos estúdios da Rádio Marcoense, para abordar os seus 10 anos de carreira e divulgar o seu último CD de musicas de baile.






quarta-feira, 25 de março de 2009

Até agora não existe Comissão de Festas

FESTA DE S.PELÁGIO 2009
PODERÁ TER APENAS CARIZ RELIGIOSO



Que até agora a organização da Festa de S. Pelágio 2009 não tinha motivado o interesse de ninguém para se formar uma Comissão já não era novidade nenhuma, pelo menos a fazer fé nos comentários e opiniões que se iam trocando pelo lugar e não só.
Todavia, em recente celebração eucarística, realizada a 15 de Março na Capela de S. Pelágio, o pároco local, Reverendo José Paulo Teixeira, responsável pelas paróquias de Canelas, Espiunca, Janarde , Moldes e Covelo de Paivô (Diocese de Viseu) foi bastante claro no esclarecimento que deixou, referindo que :
" Ainda não apareceu ninguém para realizar a festa ao Senhor dos Enfermos na Capela de Serabigões e a festa a São Pelágio na Capela de Vila Viçosa. Em relação a Vila Viçosa, haverá no próximo Sábado, às 15h, uma reunião no sentido de se constituir uma comissão de festas. Em relação a Serabigões, deixamos aqui o apelo para que apareçam pessoas que possam constituir-se em comissão de festas ".
Só que, ao que se sabe, ninguém apareceu para a assumir a edição de 2009 das Festividades em Honra de S. Pelágio, padroeiro de Vila Viçosa, agendadas para o segundo fim de semana de Julho, pelo que o nosso Padre José Paulo voltou a lançar um apelo para que as pessoas se possam organizar e assumir a realização da festa, tal como no lugar de Serabigões, também na freguesia de Espiunca, onde as Festas do Senhor dos Enfermos para este ano ainda não tem responsáveis.
Assim sendo, e segundo palavras do próprio pároco, que evidenciou que, não podem ser sempre os mesmos a trabalhar e a assumir responsabilidades, tudo leva a crer que, não se concretizando a nomeação de uma Comissaão de Festas para este ano, a próxima edição das Festas de S. Pelágio tenham apenas cariz religioso, com a realização garantida das duas procissões e da celebração eucarística de Domingo, ficando as actividades profanas suspensas ou à espera de alguém que aceite o desafio.
Voltaremos em breve ao assunto...

Crónica de Viagem


Desde Vila Viçosa até à " Ruta del Plata "

Á descoberta da “ Tierra del Vino “
e das Bodegas “ El Perdigón “










Por Carlos Oliveira *

Recentemente, reunido um grupo de amigos, partimos à descoberta de um “ pueblo “, ali para os lados de Zamora, na província de Castilla y Leon, que tem umas famosas adegas subterrâneas, onde se come bem e bebe melhor, num ambiente “ sui generis “ que motiva para a desejada confraternização.

Pela Serra de Montemuro, rapidamente se chega à A24, um eixo rodoviário que nos veio aproximar da raia transmontana e, consequentemente, da vizinha Espanha, agora cada vez mais atractiva para os portugueses, tal a inflação que por cá se pratica e que cada vez mais nos atrofia o quotidiano.
Vencida a subida que nos leva do Douro a Vila Real, entramos pelo IP4 no território da “ terra quente “ transmontana, e recordo o tempo que vinha para estes lados ás corridas de Vila Real e à Rampa de Murça, passamos depois ao lado da florida e acolhedora terra de Mirandela, que se alindou desde os tempos do falecido José Gama, o caprichoso autarca que aproveitou ao máximos os dinheiros comunitários e, tirando partido do Rio Tua, transformou a cidade como uma das mais bonitas do interior, com o seu conhecido Pólo Universitário, onde a minha filha chegou a ser contemplada no concurso nacional.
Aqui é terra das famosas alheiras e do bom azeite, de jardins floridos e do antigo Palácio dos Távoras, do século XVII, onde hoje estão instalados os Paços do Concelho, com a ponte velha de vários arcos a ser um cartão de visita sobre o espelho de água criado com a represa do Tua e a Ponte Europa.
Chegados a Macedo de Cavaleiros analisamos o trajecto, mas optamos por seguir em frente até Bragança, já que a EN 216 por Mogadouro e a EN 221 por Miranda do Douro, com um traçado longo e sinuoso, não nos pareceu a forma mais rápida de chegar à fronteira, apesar de sabermos que o percurso pela terra dos “ pauliteiros “, zona do azeite e das amendoeiras, é mais emblemático, com o cenário das arribas do Douro e as Barragens do Picote e Bemposta a cativar visitantes.
Paramos em Bragança para o cafézinho da praxe e tiramos do carro a milagrosa garrafinha verde, outrora recordação de Amesterdão, que agora serve para levar o bagacinho com mel nas nossas andanças, que nos dá alento a prosseguir a viagem, mesmo sabendo que, a “ Guardia Civil “ também não perdoa, mesmo sendo turistas.
Cidade fronteiriça e capital de distrito, Bragança desenvolveu alguma coisa, mas continua a pagar a factura da interioridade, ao ponto de ser a única sede distrital do país que não é servida por auto – estrada, apesar de já haver a promessa governamental da transformação do actual IP4 desde Amarante até Quintanilha.
Encravada nas montanhas do Nordeste Transmontano, vale a pena conhecer a cidade, que é digna de se ver do alto da sua cidadela, com o seu pelourinho erguido numa base chamada “ porca da vila “, e mesmo em frente ao castelo bem conservado, a “ Domus Municipalis “, monumento ibérico da arquitectura civil medieva da Península Ibérica, onde outrora se reuniam os senhores e os homens – bons da terra.
Terra de lendas, arte e tradições, a velha catedral, templo quinhentista doado aos jesuítas, o Museu do Abade do Baçal e antiquíssima Igreja de Stª Maria, com uma mistura impressionante de estilos, são monumentos a não perder numa visita, ainda que fugaz, em Bragança.
Combinámos uma passagem rápida a Rio de Onor, numa vertente do Parque Natural de Montesinho, aproveitamos a oportunidade de conhecer este povo que coexiste nos dois lados da fronteira, perceber o seu dialecto singular, os ancestrais usos e costumes, as leis herdadas que governam a povoação, o regime comunitário da propriedade, entre outras coisas que evidenciam a tipicidade de uma aldeia com características únicas.
Não há tempo a perder, seguimos viagem, passamos a fronteira na velha ponte sobre o Rio Maças e entramos em Espanha pela N122, uma estrada bem diferente, mais aberta e ampla que, ao que nos contaram, está nos planos do Governo Espanhol, para ser transformada em “ auto – pista “, fazendo a ligação a Zamora, que em breve terá o prolongamento da A62, desde Valladolid.

A urbe de Zamora está apenas a 50 km de Bragança, passamos por Alcanices e começamos a perceber a proximidade das terras “ del Duero “, zona de barragens e de cultivo da vinha, com produção em larga escala de vinhos encorpados, de boa intensidade e côr.
Por esta região, já se situou a sede da Associação dos Municípios Ribeirinhos do Douro, que integra 30 municípios portugueses e espanhóis e cuja criação assenta em princípios e objectivos que têm como base a valorização e o desenvolvimento dos municípios envolvidos no projecto, todos eles com o Rio Douro como denominador comum.
Zamora é uma cidade atractiva, bem cuidada, a respirar história em cada canto, que vale a pena visitar em qualquer ocasião. Na margem norte do Rio Douro, a antiga cidade muralhada já não contém muitos vestígios do seu importante passado, mas a parte antiga é rica em igrejas medievais, ao ponto de já ter sido apelidada de “ Museu Românico “.
A mais conhecida é a sua Catedral, do século XII, maioritariamente em estilo românico, mas com algumas evidências góticas, destacando-se a sua cúpula hemisférica, os portais ornamentados e os espectaculares cadeirais do coro, repletos de esculturas alegóricas.
Das várias outras igrejas da zona da cidade velha, a de Santo Ildefonso, do século XIII, e a Igreja da Madalena, com um belíssimo portal, são os exemplares românicos mais interessantes, mas na cidade de Zamora também se justifica uma vista de olhos a dois palácios imponentes, a Casa de Los Momos e a Casa del Cordón, com bonitas fachadas e janelas esculpidas, assim como uma igreja na zona de Toro, também conhecida pelos seus vinhos, onde na Colegiata de Santa Maria se pode apreciar um célebre quadro do séc. XII denominado “ A virgem da mosca “.
Nesta província, num regresso de El Bierzo, recordo uma passagem em 2004, na encantadora vila de Puebla de Sanábria, com as suas típicas casas de xisto em ruelas medievais, uma igreja muito antiga e um castelo do séc. XII, para além de uma atractiva reserva natural que envolve o Lago de Sanabria, o maior lago glacial de Espanha, lugar estupendo se quisermos deleitar o olhar com o “ material “ que por ali pratica uma vida sem tabus…e sem roupas.
Nos últimos tempos muito se tem falado de cooperação transfronteiriça, daí perceber as claras vantagens de uma estratégia comum de afirmação do papel de "interface" do Nordeste Transmontano e da raia de Castela e Leão, até porque a região portuguesa centrada em Bragança tem potencialidades para desempenhar claramente o papel de plataforma transfronteiriça.
Confirmo que D. Afonso Henriques (1109-1185) foi armado cavaleiro em Zamora, na antiga Igreja de El Salvador, sobre a qual se construiu a Catedral. Mais tarde, em 1143, seria também aqui que o seu primo, Afonso VII, monarca do Reino de Leão, lhe reconheceria o título de Rei de Portugal.
Em homenagem a este laço histórico, foi criada a Fundación Rei Afonso Henriques, sedeada no Convento de São Francisco, na outra margem do Douro/Duero face à cidade muralhada de Zamora. A Fundação criou um Instituto Inter-universitário que coopera com as Universidades de Salamanca, Valladolid, Leão, Porto e UTAD (Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro).
Mas continuemos a viagem que se faz tarde, rumo ao almoço, a “ ternera “na brasa espera-nos e o estômago já ronca…
A sul de Zamora, a escassos 9 km de distância, percorre-se a estrada de Ledesma e entra-se na “ tierra del vino “ pela famosa “ Ruta del Plata “ e fomos à descoberta de uma localidade pequena e apinhada chamada “ El Perdigón “, cujo encanto e fama está associado ás suas típicas “ bodegas “ subterrâneas, bem características desta região da Comunidade de Castilla y Leon.
Ficamos a saber que estas adegas rústicas e antigas, espalhadas tipo promontórios um pouco por toda a zona oeste da localidade, foram laboriosamente construídas por baixo da terra, com profundidade variável entre os 7 e os 15 metros, para melhor conservar o vinho, com o objectivo da sua fermentação se concretizar em condições especiais, quer ao nível da humidade e da temperatura.
Antigamente esta zona era caracterizada por grandes extensões de vinhedos, mas hoje as coisas são diferentes, e apenas se vislumbram algumas dezenas de hectares e algumas adegas com nova tecnologia .
Trabalhadas manualmente e cimentadas com blocos de pedra talhada, com várias divisões e abóbadas de vigas cruzadas, pode-se aceder ao fundo através de escadas, e hoje, depois de abandonadas para a sua função original, acolhem espaços atractivos para a restauração, para o comércio de vinhos e artesanato regional.
Mesmo à entrada da povoação, na primeira rua à direita, encontramos a “ Bodéga Pámpano”, uma verdadeira catedral da restauração, onde num ambiente acolhedor, evidenciado na mistura do antigo e do tradicional, podemos saborear as melhores carnes da região na brasa.
Tanto se pode entrar para beber um copo e comer umas apetitosas “ tapas “, ou para sentar e apreciar umas costeletas de vitela assadas na brasa, saborosas entradas, com chouriço, morcela, um presunto divinal e um queijo apetitoso, tudo acompanhado com os melhores vinhos da terra zamorana.
Percebo agora porque é que dizem que nestas paragens, “ a aficion “ é comer bem… “chuletillas de cordero “ ou “ chuletas de ternera ” venha o diabo e escolha, desde que sejam acompanhadas por um Tinto DOC da zona de Toro, até saímos com os olhos em bico.
Em El Perdigón del Vino existem mais de 300 adegas, mas claro que nem todas estão aproveitadas para este tipo de restauração, mas as mais famosas são a Cubata, Antigua, Los Yugos e El Portal, entre outras.
Valeu a pena visitar estas “ tascas subterrâneas “, cada uma delas diferentes, com a sua tipicidade, com a sua decoração, boa música ambiente, onde os sons celtas, das sevilhanas e do toureio são lenitivo para os ouvidos, com a sua gente simpática e hospitaleira, que tudo faz para que o cliente e o visitante se sinta bem e que possa recordar o que de bom tem a cultura castelhana, a forma de viver e gozar a mesa, numa sublime evocação do sector vinícola que ainda tem forte representatividade na economia local.
Satisfeitos e de barriga farta, deixamos a terra de Cervantes e tomamos rumo a casa, agora pelo trajecto que rejeitamos na viagem de ida, chegando a Miranda do Douro pela “ carratera “ ZA 324, seguindo depois pela tortuosa EN 221 em direcção a Torre de Moncorvo, para apanharmos um pequeno troço do IP 2 e depois a conhecida EN 222 por S. João da Pesqueira, descendo até à outra margem da Régua para apanhar a A24, ligação rápida e funcional, sem custos para o utilizador, que em três tempos nos coloca em Cinfães e no conforto do lar.
Para a próxima conto-vos a história de uma curta visita ao Alentejo profundo, à terra do meu amigo Emílio Sabido, ele que já foi presidente da CM de Sousel, terra enquadrada no distrito de Portalegre, de boas comidas e vinho forte, onde as temperaturas elevadas convidam ao descanso à sombra de um chaparro.

*jornalista

domingo, 8 de março de 2009

CM de Arouca adia decisão para o fim do Verão
ESCOLA PRIMÁRIA DE VILA VIÇOSA
NÃO VAI PARA JÁ SER VENDIDA

Ao contrário do que foi anunciado há uns tempos atrás, o edifício da Escola Primária de Vila Viçosa e o seu logradouro não vai, pelo menos para já, ser colocado à venda, uma vez que a edilidade arouquense, presidida pelo socialista Artur Neves, recuou na decisão de alienar este património escolar, invocando que " não estava assegurada a defesa do interesse municipal ".

Na localidade, um grupo de residentes chegou a avançar mesmo com um baixo-assinado para reclamar e protestar contra a intenção da autarquia em vender estas instalações escolares, a exemplo de outros edifícios na freguesia e outras espalhadas pelo concelho e, que foram entretanto, desactivadas pelo Ministério da Educação.
Um " abaixo - assinado " que peca por tardio e que não terá grande impacto nesta fase, uma vez que a CM de Arouca já deliberou noutro sentido, mas também porque, lamentavelmente, a sua eficácia legal será nula, uma vez que aos subscritores do documento / petição, não foi solicitado o Numero Fiscal de Contribuiente ou Bilhete de Identidade, documentos únicos e obrigatórios para provar que o reclamante existe e não é inventado.
Por outro lado, o " abaixo - assinado " em causa, apresenta um outro lapso no texto introdutório, uma vez que, restringe a sua eficácia a um único objectivo e fim para as instalações da escola : a criação de um Centro de Dia.
Correcto seria, orientar a sua eficácia e utilidade, para um leque mais amplo de opções para este edifício escolar agora abandonado, como " Centro de Dia, ou outros fins culturais, desportivos e recreativos ", se bem que, nos tempos que correm, e perante as dificuldades conhecidas ao nível da criação de novas IPSS - Instituições Particulares de Solidariedade Social, será muito difícil vingar a ideia de um Centro de Dia, devidamente legalizado, ainda para mais com uma população demasiado reduzida e uma enexistente dinâmica social
.
Há semanas atrás a CM de Arouca avançava para a venda das escolas primárias desactivadas, mas entretanto adiou a intenção da venda lá para o final do Verão.
Em causa, segundo o autarca Artur Neves, está “ um património excedente, devoluto, fechado já há bastante tempo e que corre o risco de se continuar a degradar por não estar ocupado “.
Recorde-se que a edilidade arouquense decidiu, em Dezembro, colocar á venda, dezassete escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico espalhadas por diversas freguesias do concelho, sendo que a mais cara era a de Vila Viçosa, na freguesia de Espiunca, com um preço de 41 mil euros, enquanto a mais barata era a de Cabreiros, que podia ser arrecadada por 1471 euros.
“ Mais vale vender os edifícios, dando a oportunidade a um privado de reconstruir o equipamento “, referiu o presidente da Câmara Municipal, que explicou depois e reconheceu que, “ na ocasião do lançamento do concurso, não dei conta que, no regulamento de venda, havia uma falha que não defendia totalmente o interesse municipal “.
Seguiu-se no mês passado, a tarefa de “ suspender a venda dos imóveis “, até porque a segunda razão acabou por pesar na decisão, pelo simples facto de muitas Juntas de Freguesia e algumas associações terem apresentado projectos com algum interesse, no sentido de eles próprios colocarem aqueles equipamentos ao serviço da comunidade local.
“ Entendemos reavaliar a venda de, pelo menos, algumas escolas, aquelas que acharmos que têm potencial para acolher projectos, mas admitimos que outras, cerca de metade, são mesmo para vender “, sublinhou à imprensa Artur Neves, adiantando mesmo que uma das escolas em Covêlo de Paivó vai ser transformada em sede da Junta de Freguesia e outra em Alvarenga, em plena serra, poderá ficar ligada ao serviço social, sendo uma extensão do apoio domiciliário.
Como a autarquia “ não tem condições para dinamizar as escolas abandonadas em locais isolados, a CM está agora receptiva a diferentes propostas, tendo lançado o repto ás Juntas de Freguesia e colectividades no sentido de pensarem em eventuais soluções que permitam manter essas escolas como propriedade da Câmara Municipal, mas ao serviço das comunidades locais.
Depois desse período, lá para o final do Verão, assegura Artur Neves, as escolas que não tenham qualquer projecto para a sua utilização, serão postas à venda, mas até essa altura, iremos esgotar todas as possibilidades com a comunidade para lhe dar um fim bastante útil.
Seja como for, os possíveis interessados em adquirir este imóveis escolares, vão ter que manter a traça arquitectónica dos edifícios, segundo refere a autarquia.
Recentemente, no decorrer da Assembleia Municipal de Arouca, realizada na Casa do Povo de Alvarenga, o presidente da Junta de Freguesia de Espiunca, embora tardiamente, referiu que a sua autarquia gostaria que a Escola de Vila Viçosa tivesse uma utilização útil, solicitando ao Executivo Municipal que este edifício escolar fosse cedido à Junta de Freguesia.
Recorde-se, a propósito, que a Junta de Freguesia de Espiunca, em recente reunião do Executivo, decidiu oficiar ao presidente da Câmara Municipal de Arouca, contestando a decisão camarária e reclamando da situação em causa, aproveitando também as declarações do presidente da Junta de Freguesia na recente sessão da Assembleia Municipal, realizada em Alvarenga no ultimo dia de Fevereiro, para complementar a missiva.
Neste contexto, e depois de analisado o ofício da JF de Espiunca ao edil arouquense, fica a sensação de que, eventualmente, existirá alguma falta de diálogo entre ambas as entidades, e que, a autarquia de Espiunca poderá ter avançado com o protesto escrito apenas, e depois de constatar, algumas movimentações e iniciativas locais de contestação à decisão da venda da antiga escola primária... o que a ser verdade se lamenta, porque se alguém tinha que, se " erguer em bicos de pés " a reclamar sobre a decisão, era a Junta de Freguesia ou o seu principal responsável. A ver vamos o que se seguirá...

Carlos Oliveira

sexta-feira, 6 de março de 2009



VILA VIÇOSA DO ALENTEJO QUER APROXIMAÇÃO
COM VILA VIÇOSA DE AROUCA


O mundo da globalização e da Internet é mesmo assim…estamos longe mas ficamos perto, a comunicação processa-se ao segundo e, quando menos se espera, temos novos contactos, conhecimentos e desafios.

Curiosa é esta abordagem do alentejano Nuno Faritas Lobo que, na pesquisa por localidades e dados sobre Vila Viçosa, chegou até este “ blog “ e, na surpresa de encontrar outra terra com o nome igual à sua, não deixou de solicitar esclarecimentos e informações, sugerindo mesmo, e de forma louvável, uma certa aproximação entre as duas terras, de características bem diferentes, não fosse o interior norte de Portugal bem desigual do território da planície alentejana que tão bem conheço, fruto das amizades consolidadas com os amigos e autarcas de Sousel, ali bem no coração do Alto Alentejo.
Aqui vos deixo, a prosa do calipolense Nuno Faritas Lobo ( assim se chamam os habitantes de Vila Viçosa do Alentejo ) , editada no seu blog http://www.tascareal.blogspot.com/, reservando apenas o conteúdo confidencial da sua mensagem, na certeza de que, desta simpática e oportuna abordagem, poderá nascer, quem sabe, uma relação fraternal de amizade e de intercâmbio cultural e desportivo, entre as duas terras que partilham a mesma denominação toponímica, assim o queiram a Junta de Freguesia de Espiunca e o Centro Cultural e Recreativo de Vila Viçosa.


O editor




Estava eu a fazer pesquisas sobre Vila Viçosa e à procura de outros blogues de e sobre Vila Viçosa quando me deparei com o blogue Vila Viçosa - Paraíso do Vale do Paiva. Estranhamente surpreendido, decidi ir ver o blogue e se de facto existe outra Vila Viçosa. E de facto, existe um lugar de seu nome Vila Viçosa, sede da freguesia de Espiunca, no concelho de Arouca, no norte do distrito de Aveiro.Fiquei que... digamos surpreendido por esta novidade, pois localidade de nome parecido com o de Vila Viçosa, apenas conhecia Aldeia Viçosa no concelho e distrito da Guarda... O blogue já está linkado na vossa direita, fica em seguida uma breve resenha histórica de Vila Viçosa e da freguesia de Espiunca...Deixo também aqui a sugestão, e irei tentar fazer chegar a sugestão às Câmaras Municipais de Vila Viçosa e de Arouca, às Assembleias Municipais de Vila Viçosa e Arouca e às Juntas de Freguesia de Conceição, São Bartolomeu e Espiunca, para que aconteça uma geminação entre ambas "Vilas Viçosas", que penso ser de todo o interesse, depois das geminações as espanholas "Villaviciosas"... Irei também tentar entrar em contacto com o autor do blogue Vila Viçosa - Paraíso do Vale de Paiva para tentar saber algo mais sobre Vila Viçosa.


Publicada por Nuno Faritas Lobo em 20:10 0 comentários Hiperligações para esta mensagem

domingo, 1 de março de 2009

Uma organização da autarquia arouquense
Festival Internacional de Águas Bravas
voltou a ser uma jornada desportiva de sucesso


* provas de competição com menos participantes









Reportagem de Carlos Oliveira *

O Rio Paiva, um dos menos poluídos da Europa, faz correr as suas “ águas bravas “ em impressionantes cenários de montanha, e as suas margens continuam a mostrar a beleza que sempre tiveram. Poder-se-á pois dizer, que aqui, neste curso de água límpida, existem as condições únicas para a prática dos Desportos Radicais, numa aventura inesquecível que cada vez atrai mais entusiastas.

Durante os dias 27 e 28 de Fevereiro e 1 de Março, as Águas Bravas do Rio Paiva voltaram a estar em foco, proporcionando “ carradas “ de adrenalina às centenas de inscritos no III Festival Internacional de Águas Bravas – FIAB 2009.
Trata-se de um evento único no país, promovido pela edilidade arouquense, que traz ao concelho e à região, centenas de adeptos do “ rafting “ e do “ kayak “, oriundos de todo o país, e até do estrangeiro, para desafiarem os seus limites e descobrirem paisagens naturais como em nenhum outro local é possível.

Com a sua água cristalina, encravado entre fragas e escarpas impressionantes, e rápidos de cortar a respiração, o Paiva possibilita momentos de aventura que perduram para sempre, e as suas margens oferecem paisagens de rara beleza, com a natureza no seu estado mais puro, ao alcance de um olhar.
Rio inconstante, de leito pedregoso e recurvado, típico curso de água de montanha, que ora mostra o lado rebelde das águas bravas, ora corre e desliza calmamente em trechos ídilicos, o Rio Paiva continua a ser o preferido para estes “ desportos radicais “. As grandes variações sazonais do caudal do rio, a estreiteza e o acentuado desnível do seu leito, com as suas temíveis “ golas “ ou rápidos, fazem as delícias dos adeptos dos desportos de águas bravas, daí que este rio, nascido nas terras de Moimenta da Beira e com um percurso de mais de 80 Km até ao Rio Douro, continue a ser considerado um dos melhores rios da Europa para a pratica destas actividades desportivas.
No segundo dia do FIAB decorreram as provas de competição «rafting», durante a manhã, e «kayak», durante a tarde. Na prova de «rafting», com 5 equipas em competição, os vencedores foram os «Amigos da Montanha», seguidos pelo « Clube do Paiva » e pela equipa «Tunauga», da Galiza, já em quarto lugar ficou a equipa da «Lusorafting», seguida da segunda equipa do «Clube do Paiva». Quanto à prova de «kayak», o pódio ficou composto por José Azevedo (1.º), Rui Moreira (2.º) e em terceiro lugar, António Palavra. Este ano, a adesão ao FIAB foi mais fraca, se estabelecermos a comparação com as duas anteriores edições, talvez devido ao adiamento que o evento, tal como no ano passado, esteve sujeito por falta de caudal. De internacional, pouco teve a edição de 2009, até porque não se confirmou a presença de um grande grupo de participantes estrangeiros, mas momentos de aventura foi coisa que não faltou nos dois dias da iniciativa, com destaque para a jornada de Domingo de manhã, com centenas de participantes para as provas de “ Rafting – Passeio “ e “Kayak – Passeio “ a dar animação e colorido espectacular ao Rio Paiva, na zona ribeirinha da Espiunca.
A iniciativa, que apesar de menor adesão, voltou a ser um êxito, foi realçada por Artur Neves, presidente da Câmara Municipal de Arouca, como uma grandiosa jornada desportiva, que honra e prestigia o município de Arouca, sendo uma oportunidade única para aventurar-se a descobrir Arouca e as suas potencialidades, como a sua história, o seu património, a sua hospitalidade, a sua beleza natural entre serras, rios e vales, para além da sua excelente gastronomia e variada doçaria conventual.

O autarca, mostrou-se satisfeito que, durante os três dias «centenas de adeptos destes desportos», tenham participado no FIAB, uma iniciativa que se enquadra « num conjunto de eventos estruturantes para o município». « O rio traz muita gente a Arouca e acaba por ser mais uma forma de promoção do que temos para oferecer », disse Artur Neves na sua visita à Espiunca, não tendo sido acompanhado por nenhum autarca local. « Com este festival, como também com outras iniciativas que desenvolvemos ao longo de todo o ano, estamos a potenciar o turismo de qualidade, neste caso de aventura, que queremos associado ao Geoparque», acrescentou ainda o edil de Arouca .
A terceira edição do FIAB foi uma organização da Câmara Municipal em parceria com a Associação Geoparque Arouca e o Clube de Canoagem e Aguas Bravas de Portugal.
Aqui vos deixo, em diversos registos fotográficos e num pequeno filme, momentos do que foi o III FIAB – Festival Internacional de Águas Bravas – 2009, no Rio Paiva :













O Presidente da CM de Arouca, Artur Neves, acompanhou de perto as peripecias e as emoções deste evento internacional, que prestigia Arouca e a região do Vale do Paiva...
Lamentavelmente, na sua presença na zona ribeirinha de Espiunca, não foi acompanhada por nenhum autarca da terra, o que diz bem a indiferença que motiva os responsáveis politicos da freguesia...
Exigia-se outra postura, quanto mais não fosse, pelo simples facto de que, este evento desportivo internacional, trouxe mais de mil pessoas, oriundas de várias regiões do país, à freguesia e perdeu-se uma grande oportunidade de promoção e divulgação da terra...
Um falhanço infeliz que, até o próprio Presidente da Assembleia de Freguesia soube reconhecer com toda a humildade que o caracteriza...