quarta-feira, 19 de agosto de 2009


Crónica de Viagem
UM PASSEIO EM FAMÍLIA
ATÉ SANTIAGO DE COMPOSTELA


O entusiasmo era muito. A viagem agendada para o feriado de 15 de Agosto prometia e muitos estavam ansiosos, quanto mais não fosse pelo facto de, para além de juntar a família, uma vez mais, ter a oportunidade de sair de Portugal...ainda que perto!

Deixamos Vila Viçosa bem cedo, directos ao Porto, para apanhar os restantes familiares e excursionistas que completaram a lotação do autocarro da Joalto e dali seguimos em bom ritmo, pela A3, rumo ao Alto Minho e à fronteira espanhola.
A paragem para o pequeno almoço aconteceu na Área de Serviço de Barcelos, e logo ali, no ataque aos merendeiros, não faltou quem aviasse umas “ bejecas “, que isto de café e leitinho já deu o que tinha a dar e o dia é para começar da melhor forma.
De volta à estrada, enfrentámos o percurso rumo a Valença, localidade fronteiriça e estrategicamente situada junto ao Rio Minho, hoje conhecida pela sua história e pela sua amplitude comercial, bem ao gosto dos vizinhos galegos.
Por aqui se pode apreciar a fortaleza e as suas muralhas, uma obra notável da engenharia militar do século XIII, actualmente um pólo comercial e de atracção turística que engrandece esta terra raiana.
Ao som do Quim Barreiros e da concertina do Augusto Canário, cujos espectáculos podiam ser visionados no “ LCD “ do autocarro, as mulheres mais jovens fizeram a festa no corredor e a todos contagiaram com a sua alegria e boa disposição.
Pelo caminho apreciamos a Ria de Vigo e os seus tradicionais pesqueiros de marisco, a beleza ribeirinha de Pontevedra e as paisagens rurais desta zona galega, ainda muito semelhante ao território da zona do alto Minho.
Chegamos cedo a Santiago de Compostela, capital administrativa e espiritual da província da Galiza, centro de peregrinação cristã desde o Século X, cidade Património da Humanidade, que ainda hoje conserva a sua grandeza histórica, retratada na sua imponente catedral, nas suas igrejas e edifícios, nas suas praças e ruas e até nos hábitos de vida.
Já tinha estado várias vezes em Compostela, mas cada vez que visito esta cidade, percebo a importância que este santuário católico sempre teve no contexto da Península Ibérica, já que no labirinto das suas estreitas ruelas se sente a história em cada pedra da calçada.
Basta chegar à Praça do Obradoiro, dominada pela magnífica fachada barroca da Catedral, pelo Hotel dos Reis Católicos e pelo Pazo de Raxói , onde está a localizada a sede do Governo Regional, para confirmar a grandeza, a imponência histórica e religiosa desta bonita e atractiva cidade espanhola, que vale sempre a pena visitar.
E foi por aqui que a família, dividida em pequenos grupos, começou o percurso pelas ruelas desta histórica cidade, numa visita plena de interesse e entusiasmo, uma vez que a entrada principal da Catedral estava “ cerrada “ para visitas, devido á celebração eucarística que decorre todas as manhas, adiando para o período da tarde a nossa passagem pelo interior da catedral e a visita ao santo sepulcro do apóstolo, localizado por baixo do imponente altar mor.
Com a barriga a dar horas, o regresso ao autocarro voltou a reunir a malta para a hora do almoço, tendo o ataque aos farnéis acontecido mesmo debaixo da pala das bancadas do Estádio de San Lázaro, o palco da equipa do Compostela, a militar na 2ª Liga espanhola.
Depois do almoço, bem regado com vinho, cerveja, espumante e whisky e das habituais fotos de família, voltamos ao centro da cidade, na tentativa de conhecer o que de melhor tem esta medieval e enigmática urbe espanhola que, com pouco mais de 100 mil habitantes, chega a receber mais de 4 milhões de visitantes e peregrinos por ano, num encontro de culturas que mereceu a distinção europeia em 2000.
Divididos em dois ou três grupos, lá fomos conhecer melhor a catedral e ficamos maravilhados com os pórticos e o interior desta imponente catedral românica, construída em 1075 depois da descoberta das relíquias do Apóstolo Santiago, assim como o movimento dos “ tiraboleiros “ fazendo circular o “ botafumeiro “ junto do altar onde está a imagem de Santiago, que visitamos depois de alguns minutos na fila de espera.
Ainda tivemos tempo para parar nas lojas de artesanato e recordações e deambular por ruas e vielas desta urbe que cativa pela sua vivacidade, pela sua apelativa vida comercial, onde merece destaque as centenas de restaurantes, essencialmente marisqueiras e bares para todos os gostos e feitios, onde podemos parar para beber uma “ caña “ e tomar o paladar a uns “ bocadillos “ e uma “ empanadas “ galegas que sabem bem com a cerveja.
A meio da tarde, iniciamos a viagem de regresso, mas desta vez deixamos a auto-estrada em Valença e tomamos a EN 13 pela costa minhota por Vila Nova de Cerveira até à zona ribeirinha de Caminha, onde se realizou o lanche numa zona de descanso bem agradável.
No final, cansados mas felizes, todos reconheceram que esta foi uma grande jornada de confraternização da Família da Fonte e amigos, ficando a promessa de que, para o próximo ano, outra emblemática terra espanhola será visitada, talvez a universitária cidade de Salamanca, também com grande interesse histórico e potencial turístico para descobrir.
Aqui lhe deixamos alguns registos fotográficos deste dia de passeio em família, numa iniciativa que merece ser realçada, e que, para além da salutar convivência amistosa, serviu para juntar familiares e amigos que, emigrados em França ou Andorra, só nesta ocasião têm oportunidade de partilhar amizades e afectos. Até para o ano se Deus quiser...

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Raízes profundas…e BOAS FÉRIAS A TODOS


A gente de Vila Viçosa sempre cultivou uma forte ligação à sua terra e ao seu concelho. Os que aqui residem e trabalham são ciosos das tradições que herdaram e tentam preservá-las como um património que é de todos. Sejam essas tradições históricas culturais ou religiosas, defendem-nas com vigor e entusiasmo, com a consciência que estão a valorizar um elo entre o passado e o presente. Um elo que também dará sentido ao futuro das gerações e da comunidade onde se inserem.
Quantos daqueles que, por força da vida, foram obrigados a deixar-nos em busca de subsistência noutros locais do país e até no estrangeiro, jamais esquecem o local onde nasceram e foram criados. Os que estão mais perto não faltam aos festejos de S. Pelágio, às iniciativas que vão sendo realizadas, aos convívios do mês de Agosto ou à festa da família no Natal, aproveitando por vezes, os fins-de-semana prolongados para aqui passarem momentos com a família e amigos.
Os outros, aqueles cujos caminhos são mais longos, só vêm de vez em quando, mas sempre que podem, aparecem, quanto mais não seja no curto período de férias.
As memórias e os apegos de cada um são manifestados por muitos, os ausentes enviam mensagens que tocam, onde confessam saudades e assumem nostalgias. Nunca perdem os vínculos afectivos, estão connosco em espírito…
Muitos esperam regressar, mantêm cá as suas casas e bens, outros tentam criar melhores condições para se fixar mais tarde.
Por enquanto, cada regresso, ainda que temporário, é uma festa. As famílias trazem os filhos, vizinhos e alguns amigos para conhecer esta bonita aldeia das margens do Paiva. São gente que gosta e tem orgulho e bairrismo pela sua terra…
São raízes profundas que ao longo do tempo nunca se esbateram, são raízes profundas que são timbre da nossa gente, da gente de Vila Viçosa, apesar de alguns teimaram em assumir posturas contraditórias e nada abonatórias para a dignidade que a terra precisa e merece….mas isso são contas de outro rosário! BOAS FÉRIAS A TODOS… e até Setembro!!!

O editor

quarta-feira, 12 de agosto de 2009



Poeira foi “ inimiga “ dos pilotos
EMOÇÃO NA CATEGORIA OPEN “ SALVOU “
PROVA DE MOTOCROSS DE VILA VIÇOSA
· Luís Oliveira vitorioso nas duas classes em disputa


Não se poderá dizer que foi uma enchente, mas a prova de Motocross de Vila Viçosa até foi agradável de seguir e cativou algumas centenas de espectadores, mau grado as nuvens de pó que marcaram o desenrolar das corridas e que, foram o principal motivo das queixas de três dezenas de pilotos presentes nas duas classes em disputa.

Luís Oliveira foi o grande vencedor da Categoria OPEN, depois de assegurar um segundo lugar na 1ª Manga e ter triunfado na segunda, beneficiando de uma queda de António Oliveira, seu principal opositor, que chegou a vencer a 1ª Manga desta classe.
Alias, estes dois consagrados pilotos, pai e filho, evidenciaram toda a sua classe e experiencia na renovada pista de Vila Viçosa, localizada junto à EM 504, andando sempre no limite e incentivando o espectáculo, tendo Luís Oliveira, em Honda, assegurado também o triunfo na Classe 50 cc, onde o nível competitivo esteve muito aquém das expectativas, em virtude da “ fraqueza “ e antiguidade de algumas motos presentes.
Apesar de algumas queixas de pilotos e das broncas no final da 1ª Manga OPEN e logo no inicio da 2ª Manga 50 CC, protagonizadas por dois pilotos oriundos de Souselo – Cinfães, apoiados por alguns familiares e acompanhantes mais exaltados, pode dizer-se que a jornada até correu bem, sem incidentes, mas com vários reparos que devem ser tidos em conta, sempre na perspectiva de que é possível fazer melhor em futuros eventos…isto se houver vontade de os promover, porque é sempre difícil, perante as dificuldades e limitações que se conhecem, concretizar iniciativas desta envergadura.
A 1ª Manga da Classe 50 CC não teve grande história, Luís Oliveira em Honda, dominou do princípio ao fim, sempre com Silva Júnior e Nelson Cabeça no seu alcance, repetindo-se a supremacia na segunda prova desta classe, com algumas motas a arrastar-se pela pista para concluir a prova, sendo de realçar o excelente sétimo lugar de Tânia Patrícia, que se mostrou melhor preparada do que alguns jovens presentes.
Na Classe OPEN o nível competitivo foi elevado, o que acabou por “ salvar “ a prova de Vila Viçosa, uma vez que, ao contrário do que fora anunciado pela organização, não houve disputa das classes MX1 e MX 2 por falta de concorrentes.
O consagrado e antigo Campeão Nacional, António Oliveira, esteve imparável na 1ª Manga da OPEN, impôndo um ritmo impressionante e merecendo os aplausos dos adeptos, com o filho Luís Oliveira sempre a pressionar com garra e Eládio Rodrigues a mostrar grande entusiasmo para aguentar o 3º lugar, enquanto José Cunha, um piloto de Castelo de Paiva, também a evidenciar um bom andamento, a ficar na sexta posição.
Na segunda manga desta classe, António Oliveira teve um arranque fabuloso e marcou logo o ritmo da corrida, até que uma queda a meio da corrida e na curva que antecedia a subida para a recta da meta, o fez perder vários segundos, uma situação logo aproveitada por Luís Oliveira para passar para o comando da prova, consolidar a vantagem e assegurar o triunfo que lhe valeu a vitória final, no conjunto das duas mangas.
Voltando a garantir o 6º lugar na manga, José Cunha, em KTM, acabou por ser prejudicado na hora da bandeirada final, já que não se percebe como é que lhe foi atribuído o 7º lugar da classificação final, motivo que originou mais uma discussão com um dos responsáveis da corrida.
José Luís, o principal responsável deste 3º Motocross de Vila Viçosa, fez um balanço positivo da jornada, agradecendo a presença de todos, mau grado alguns pormenores que falharam no cômputo da iniciativa, desde logo a constante poeira no traçado a originar as queixas dos pilotos presentes, com a pista a ser pouco regada e apenas quase em cima das provas, quando o correcto deveria ter sido na véspera, na manha da corrida e antes das mangas, e se possível com tractores com cisterna, para possibilitar uma rega mais eficaz e enlameada, conforme acontece nas pistas mais conhecidas das redondezas.
Por outro lado, durante a manha, e ao contrário do que estava previsto e anunciado, não houve “ treinos livres “ agendados para as 10 horas, o que motivou algumas críticas de vários pilotos que vieram de propósito e foram embora almoçar sem testar o traçado, como seria normal.
A cerimónia de entrega de prémios, que deveria ser realizada logo após a final da categoria OPEN, não tinha razão para ser atrasada de tal forma, quando grande percentagem do público já tinha “ vazado “ do recinto, até porque o pessoal do registo das classificações foi demasiado rápido e eficiente a disponibilizar as classificações finais, para ser utilizadas na habitual chamada dos melhores classificados
Depois da fraca receita da iniciativa “ motard “, esta jornada de motocross, que contou com a colaboração da GNR de Arouca e dos Bombeiros Voluntários de Nespereira - Cinfães, entre outras entidades e empresas, serviu para que o CCR de Vila Viçosa pudesse ter agora algum proveito financeiro, pelo menos assim se espera, estabelecido na parceria acordada entre a colectividade local e a organização liderada por José Luís, pertencente ao Moto Clube do Mucifal, da zona de Sintra.


3º MOTOCROSS DE VILA VIÇOSA 2009

CLASSIFICAÇÕES


Classe 50cc : 1ª Manga

Luís Oliveira
2º Silva Júnior
3º Nelson Cabeça
4º Marcelo Viegas
5º André Freire
6º Mário Santos

2ª Manga

Luís Oliveira
2º Silva Júnior
3º Nelson Cabeças
4º André Freire
5º Francisco Duarte
6º Tânia Patrícia

FINAL 50 cc

Luís Oliveira
2º Silva Júnior
3º Nelson Cabeças
4º Marcelo Viegas
5º André Freire
6º Francisco Duarte
7º Tânia Patrícia


Classe OPEN - 1ª Manga


António Oliveira
2º Luís Oliveira
3º Eládio Rodrigues
4º Tiago Pedro
5º Francisco Pereira
6º José Cunha

2ª Manga

Luís Moreira
2º António Oliveira
3º Eládio Rodrigues
4º Tiago Pedro
5º Francisco Pereira
6º José Cunha

CLASSIFICAÇÃO FINAL “ OPEN “


Luís Oliveira
2º António Oliveira
3º Eladio Rodrigues
4º Tiago Pedro
5º Tiago Duarte
6º Dário Santos
7º José Cunha

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Tempo instável e festas nas redondezas não ajudaram
1ª FESTA MOTARD DE VILA VIÇOSA
FICOU AQUÉM DAS EXPECTATIVAS


Não se poderá dizer que a 1ª Festa Motard de Vila Viçosa tenha sido um sucesso…longe disso, o que foi pena realmente…

A iniciativa, gizada a partir de uma ideia do ex. piloto José Luis, com raízes familiares nesta terra, e que contava com o apoio e colaboração do Centro Cultural e Recreativo de Vila Viçosa, entre outras entidades, ficou muito aquém das expectativas.
Poucos foram os verdadeiros “ motard’s “ que rumaram ao Parque Desportivo de Vila Viçosa para participar na festa, e no Sábado á tarde, não fora a aparição de um conhecido grupo de aficionados do Moto Clube Paivense e quase não se assinalava a presença de entusiastas do motociclismo, com igual situação a acontecer no período da noite, para tristeza da organização, já que apenas meia dúzia de “ motard’s “ estacionaram no espaço reservado junto ao palco do evento.
Na hora da entrada no recinto, os poucos que o fizeram, contavam com outro tipo de emoções e mais adrenalina, mas depararam com uma simples “ gincana “, mais adequada a crianças do que propriamente a verdadeiros adeptos das duas rodas.
Aliás, a tarde foi salva por Victor Lopes, um jovem de Vila Cova, que não deixou de mostrar a sua perícia aos comandos de um “ motoquad “, dando algum espectáculo aos resistentes presentes no recinto.
E na hora dos comentários, alguns referiram mesmo, que estavam à espera de algo mais interessante e atractivo, tipo um verdadeiro circuito de obstáculos ao jeito do trial, talvez uma pequena prova de resistência ou mesmo até uma exposição alargada de grandes máquinas.
O período da noite voltou a não ser feliz nesta iniciativa, pouca gente marcou presença e não fora o Rancho Folclórico das Moleirinhas de Travanca com muitos familiares e acompanhantes da pequenada à mistura, e o recinto estaria mesmo despovoado, apesar da grande novidade do evento, um espectáculo de “ strip tease “ masculino e feminino, a despertar interesse e pela primeira vez em Vila Viçosa.
Agendada para as 22 horas, a actuação do Rancho Folclórico só teve início ás 23h10, e o palco foi partilhado pelo Grupo de Concertinas “ Amigos de Castelo de Paiva “ que se exibiram antes do momento da noite, o “ show “ de strip masculino que levou algumas senhoras ao rubro, tal como as meninas do strip feminino, que deram o seu melhor em palco, mesmo depois de terem empurrado um miúdo para colaborar na primeira actuação, à falta de interessados.
Espera-se agora, que a Prova de Motocross, agendada para o próximo Domingo, dia 9, na renovada pista de Vila Viçosa, junto à EM 504, corra melhor e seja um sucesso, para minimizar as perdas da primeira iniciativa.
José Luís, responsável máximo da organização, espera que o público apereça em força e promete uma jornada bastante emotiva e plena de competitividade, até porque, segundo ele, estão já confirmadas quatro dezenas de pilotos inscritos para as várias classes em disputa, perspectivando-se assim, uma excelente jornada desportiva em Vila Viçosa, naquele que será o regresso do motocross a esta aprazível terra do Vale do Paiva, um quarto de século depois da primeira prova aqui organizada e realizada pela mão do CCRVV.
Aqui ficam alguns registos desta Festa Motard 2009 realizada no passado Domingo: