quarta-feira, 27 de outubro de 2010

CRÓNICA DE VIAGEM

Na serrania de Ancares e a um passo das Astúrias
Uma viagem por terras de Espanha
e as “ fiestas “ loucas de Fabero del Bierzo

Reportagem de Carlos Oliveira *

A exemplo de anos anteriores, um período de férias, para além de servir para descansar e conhecer novas paragens, foi escolhido para fazer-me à estrada e numa “escapadinha “ rever velhos amigos, aqueles que, mesmo à distância, não se esquece e se continua a estimar com mais vontade.

Voltei recentemente a Fabero del Bierzo, município espanhol cercado pela serrania de Ancares e pela Cordilheira Cantábrica, a um passo da emblemática região das Astúrias, terra outrora marcada pelo bulício da exploração carbonífera e pela presença de centenas de família portuguesas, que aqui se fixaram à procura de uma melhor vida.
Tinha vontade de voltar a “ viver por dentro “ as suas “ Fiestas del Verano “, repetir a dose da envolvência das noites loucas pelos bares e ruas da vila, conviver com os amigos, sentir que não somos estranhos, assistir a alegria contagiante de uma terra simpática e hospitaleira que sabe receber bem.
Tal como em outras edições, e apesar do calor tórrido que se fez sentir, as festas grandes voltaram a ser grandiosas, a justificar bem o forte empenho do “ Ayuntamiento de Fabero “, entidade que promove e assume a realização da iniciativa, apostando numa programação de excelente nível, que cada vez desperta e cativa maior adesão.
O concerto do conhecido duo espanhol “ Estopa “ foi sensacional, com os irmãos “ Muñoz “ a incentivar o delírio da juventude, ao apresentarem em Fabero os trabalhos do seu último disco, mas memorável foi, também, o espectáculo de Juan Pardo, o veterano cantor madrileno que ainda arrebata corações e arrasa multidões com o romantismo e o encanto dos seus melhores êxitos discográficos.
Os ritmos actuais com o grupo local “ Ebidem “ e as grandes noitadas animadas com as fabulosas orquestras Israel, Nuevo Talisman e Suavecito completaram um programa variado que contemplou iniciativas culturais, desportivas, mostras gastronómicas, provas de vinhos e actividades religiosas, onde merece realce a majestosa procissão em honra de Nossa Sr.ª del Rosário que percorre as principais ruas da vila, sempre com a participação das autoridades políticas e colectividades locais.
Os emigrantes portugueses, outrora trabalhadores mineiros, não esquecem a Virgem de Fátima, e continuam a decorar as janelas com lindas colchas e imagens da Nossa Senhora.
A noite mágica de Fabero é qualquer coisa de loucura, com dezenas de bares abertos toda a noite, a debitar os êxitos do momento, repletos de “ malta nova “ a curtir numa boa, essencialmente “ chicas muy guapas “ que irradiam sorrisos e nos cativam para a conversa, para um copo ou mesmo para um pé de dança.
O ambiente transforma-se completamente a partir das primeiras horas da noite e aquilo que, durante o dia, parecia uma urbe sem movimento e sem graça, apresenta-se como uma vila em êxtase, num delírio alucinante que salta para as ruas e empolga os visitantes, ao ponto de nos sentirmos obrigados a participar nesta agitação colectiva.
Quem viaja por terras de Espanha nunca poderá ficar indiferente à constante animação nocturna existente em qualquer " pueblo " ou vila, por muito simples que seja, e já nem valerá a pena recordar a grandiosidade das " Ramblas " no coração da Catalunha.
Em terras de Fabero não se foge à regra... acreditem que vale a pena !!!
As entidades locais também já perceberam que a atracção turística sem animação nocturna não é possível, daí a proliferação de bares, para todos os estilos e gostos, daí a aposta forte da Câmara Municipal e do “alcalde” Demétrio Canedo numa nova centralidade urbana nesta zona mineira, onde a " movida " começa a mexer com a região e a cativar cada vez mais gente.
Voltar a estar com os responsáveis políticos de Fabero, com o Henriquez, jornalista do Diário de León, e com tantos amigos que por ali tenho, e partilhar bons momentos de convívio, é um prazer imenso, um sentimento que dá orgulho e alento para garantir os valores de uma verdadeira amizade.
Beber um bom vinho da região demarcada de “ El Bierzo “, como um reserva “ Palácio de Arganza entre tantos outros, e comer umas saborosas “ tapas “ num dos muitos bares da vila de Fabero é sempre motivo de satisfação, não só pela partilha de agradáveis momentos, mas pela sensação de que somos bem recebidos, com carinho e uma simpatia que nos deixa à vontade e satisfeitos.
O prestígio conseguido por estas festas espalhou-se pela região e tem sido aplaudido pela população e visitantes, que reconhecem o meritório trabalho que tem sido desenvolvido pelo Alcalde Demétrio Canedo e pela sua Vereadora da Cultura, Carmen Travado, que governam em nome do PSOE esta ridente vila espanhola, cujas origens medievais ainda estão evidenciadas em inúmeros vestígios que se podem encontrar em redor dos seis “ pueblos “ que constituem o território municipal.
Com uma extensão de 42,5 Km2 e cerca de 7 mil habitantes, este é o terceiro núcleo mais importante da Comarca de El Bierzo, na província de León.
Terra de vales e de rios, de montanhas e de povos que conservam o tipicismo de outrora, a vila de Fabero, localizada a 700 metros de altitude, deve o seu crescimento demográfico e urbanístico á exploração mineira, uma actividade que teve grande peso nesta comunidade e que hoje é quase inexistente, perspectivando-se agora o aproveitamento das antigas minas para a concretização de um projecto de um Parque Temático dedicado ao sector mineiro e a ser servido pela auto-pista proveniente das Astúrias, que terá aqui um oportuno e funcional nó de acesso.
Desde o centro da vila ou partindo do Parque de Campismo em Lillo, o visitante pode perceber a grandiosidade da natureza envolvente, optando por vários itinerários pelo Vale de Fabero, desde o Caminho de Fontoria, ao Caminho de Pontigas, Robledal, da Água e de La Rubiona, este último percurso a atravessar o antigo lugar de Otero de Naraguantes, e onde ainda se pode ver moinhos recuperados e os tradicionais “ palomares “, um tipo de arquitectura popular usado em tempos mais recuados.
A exploração mineira foi a grande riqueza de Fabero e durante décadas marcou a economia local e alimentou os sonhos de muita gente, em particular de muitas famílias portuguesas, mas hoje, a exemplo do que se passa no restante território da bacia carbonífera de León, só resta minas abandonadas e o Lavadero de La Raicina para perpetuar a época em que a antracite era o motor do desenvolvimento desta região da Comarca de El Bierzo.
A cumprir o sexto mandato consecutivo, o Alcalde Demétrio Canedo continua optimista, acreditando nas potencialidades turísticas da região, e a sua popularidade no seio da família faberense continua em alta, até porque, a aposta nestas festas patronais, com uma combinação de atracções e ritmos para todos os gostos, é sinal da vontade de projectar e dar a conhecer uma terra laboriosa que, ultrapassado o apogeu do carvão, procura agora, revitalizar-se e consolidar um futuro sustentado e harmonioso.
No regresso a casa, e depois de um pequeno desvio até ao Lago de Carocedo, nos Montes Aquilianos, é imperdoável não visitar as “ Las Médulas “, as ruínas do que hoje resta da exploração aurífera mais importante do Império Romano e declaradas Património da Humanidade, com muitos castros e mais de 150 Km de rede de canais e galerias, a provar a grandeza desta colonização nesta zona da península.
Justifica-se também uma breve paragem no Alto das Ermidas, na C 533, já nos limites de fronteira da província de Ourense, para apreciar a beleza da remota povoação de Las Ermidas, encravada num penhasco assustador, com o seu casco histórico e o imponente mosteiro a dominar largos horizontes.
Não é difícil chegar a esta terra de Castilla y León, mas o melhor trajecto continua a ser a A24 ( se for por Cinfães ) ou o IP4 até Vila Real e depois a Auto - Estrada A24, agora totalmente aberta até à zona de fronteira em Vila Verde da Raia, para depois, já perto de Verin, entrarmos na Auto – Pista A 52 seguindo até à saída de La Gudiña, onde tomamos a estrada C 533 em direcção de Viana del Bolo e A Rua até Freijido para apanhar a N120 que nos leva até Vila Franca de El Bierzo se optarmos por Cacabellos na estrada LE 712 ou por Ponferrada se seguirmos pela Auto Pista e sairmos para a Variante LE 711 até Fabero.
A sugestão aqui fica, só resta vontade para realizar este passeio, na certeza de que, se gosta da neve e da exuberância da natureza, esta é a ocasião ideal para “ marchar “ para a localidade que, desde Novembro de 1995, partilha os desígnios de uma frutuosa geminação com as vilas portuguesas de Castelo de Paiva e Vila Pouca de Aguiar.
E, por outro lado, com a crise acentuada que teima em tramar-nos o quotidiano, sempre dá jeito atestar o depósito do carro com gasolina muito mais barata e comprar umas coisitas que, face à actual diferença de 6 pontos percentuais do IVA, sempre valerá a pena aproveitar.
Até lá…

* em Fabero - Espanha

segunda-feira, 25 de outubro de 2010


A propósito do próximo Acto Eleitoral
COMUNICADO DA DIRECÇÃO
AOS ASSOCIADOS DO C.C.R DE VILA VIÇOSA

A direcção do C.C.R. de Vila Viçosa, após recente reunião, divulgou em comunicado o seu posicionamento em relação ao próximo acto eleitoral:

* No passado dia nove de Outubro, reuniu a direcção do C.C.R. de Vila Viçosa em sua sede pelas vinte e uma hora e dez minutos.
Nesta reunião também estiveram presentes o Presidente e o 2º secretário da Assembleia-Geral, o Presidente e o Vice-presidente do Conselho Fiscal.
Presidiu a reunião o Presidente da Direcção com a seguinte ordem de trabalhos:
- 1º Ponto: Adiamento das eleições.
Foi proposto pela direcção, o adiamento das eleições dos corpos gerentes da colectividade, pelos motivos abaixo referidos:
- Encontrar-se em fase final o processo de legalização da sede e dos balneários da colectividade;
- Dar início as obras da cobertura dos balneários e da adequação da sede aos novos regulamentos;
- Necessidade de uma melhor coordenação e avaliação das diferentes intervenções;
- 2º Ponto: Marcação das próximas eleições
- Marcar como data das próximas eleições, o dia de vinte e sete de Novembro de dois mil e dez.
Após discussão, ambas as propostas que foram apresentadas, foram aprovadas por unanimidade pelos elementos presentes da Direcção, Assembleia-Geral e Conselho Fiscal.
Vila Viçosa, 10 de Outubro de 2010.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010


TRIUNFO SUADO DE 2-1 SOBRE O SANFINS

CCR DE VILA VIÇOSA VITORIOSO
NO TORNEIO DE FUTEBOL DE VILAR DE ARCA



A equipa representativa do Centro Cultural e Recreativo de Vila Viçosa – CCRVV, somou mais um título em provas disputadas fora de casa, alcançando agora um merecido triunfo no Torneio de Futebol de Onze de Vilar de Arca, importante lugar da freguesia de Santiago de Piães, no vizinho concelho de Cinfães.

Numa excelente tarde de calor e muito sol, a equipa do CCR de Vila Viçosa apresentou-se bastante motivada no campo do Vilar de Arca, para disputar o jogo da final do Torneio de Futebol de Onze - 2010, contra a turma do Sanfins, numa partida aguardada com natural expectativa.
Nesta final e sob o comando interino do jogador Hugo Amaral , a equipa do CCR de Vila Viçosa, apresentou a seguinte constituição: Nuno, Victor Lopes, Ricardo, Daniel, António Carlos, Victor Teixeira, Hugo, Carlos Daniel, Pedro, Filipe e Carlos Soares.
Na segunda parte entraram Bruno, Sérgio, Daniel II e Tenente
Resultado ao intervalo: 0 - 0
Golos de Filipe aos 15 e 43 minutos
Num jogo disputado a bom ritmo, a vitória acabou por sorrir à turma alvinegra, fruto de um espectacular golo de Filipe, mesmo ao “cair do pano” da segunda parte.
A equipa do CCRVV procurou mostrar-se bem organizada, que tem bons valores e consegue ombrear de “ peito aberto “ com qualquer outro adversário.
A equipa técnica apostou num meio-campo povoado e estruturou sua equipa num sistema 4-2-3-1, com Nuno na baliza e um quarteto defensivo formado por António Carlos à direita, Vítor Lopes esquerda, Daniel e Ricardo ao centro.
À frente da linha defensiva uma dupla forte e sincronizada, composta por Victor Teixeira e Carlos Daniel.
Na faixa direita alinhou Carlos Resende, na esquerda Pedro e ao centro António Carlos e Hugo. O jogador mais adiantado foi Filipe, autor dos dois golos dos visitantes.
Numa tarde a "cheirar" a Verão, quem se deslocou ao campo do Vilar de Arca, deu o tempo por bem empregue e assistiu a uma partida bem disputada, por duas equipas apostadas em proporcionar um bom espectáculo de futebol, tornando a final mais emotiva.
O CCR de Vila Viçosa iniciou o jogo a mostrar claras intenções de jogar o mais possível dentro do meio campo adversário, sendo que a turma de Sanfins procurava acertar com as marcações no centro do terreno e procurar encetar transições rápidas rumo ao último terço do terreno alvinegro.
Apesar do bom ritmo de jogo, as oportunidades escasseavam e o encontro foi para o intervalo em branco.
No início da segunda metade da partida surge o golo de CCR de Vila Viçosa, marcado por Filipe aos 15 minutos, aproveitando a recarga vinda do guarda-redes contrário.
O Sanfins reagiu e encetou uma toada mais ofensiva, à procura de mais oportunidades de golo, que lhe permitisse obter o golo do empate, um desiderato que veio a conseguir, aos 35 minutos de jogo.
O CCR de Vila Viçosa, contudo, não baixou os braços e com alguma criatividade na construção de jogo, ia conseguindo colocar a bola nos corredores laterais e ganhar espaços que potenciassem a criação de oportunidades de golo.
E a vitória surgiu mesmo no final…em cima do minuto noventa, após boa jogada da equipa alvinegra e de fora da área, Filipe tenta o golo e arranca um potente remate, conseguindo colocar a bola ao ângulo esquerdo da baliza adversária, deixando o guarda –redes do Sanfins sem qualquer hipótese de defesa.
Uma vitoria suada, mas justa da equipa do CCR de Vila Viçosa que, depois de Canelas, volta assim , a conquistar mais um torneio de futebol disputado na região…

terça-feira, 19 de outubro de 2010


Milhares de arouquenses fizeram a festa na Catedral da Luz
Derrota contra o Benfica não tirou brilho
á presença do FC de Arouca na Taça de Portugal

O Benfica, a pensar na próxima jornada europeia, poupou em jogadores e energia e apresentou um onze desfalcado de alguns titulares, acabando por garantir a presença na quarta eliminatória da Taça de Portugal, com uma goleada caseira por 5-1 ao FC de Arouca, que se apresentou em Lisboa bastante motivado, depois do empate frente à Académica, e com uma impressionante legião de adeptos, que não se arrependeram de fazer mais de 600 km para assistir a um jogo histórico, realizado a horas impróprias, só para salvaguardar interesses televisivos.

Num jogo tranquilo, mas que não deixou de ser emotivo quanto baste, um “bis” de Kardec (24 e 45 minutos) e golos de Saviola (31), Luisão (66) e Gaitan (86) garantiram aos anfitriões uma vitoria fácil perante o oitavo classificado da Liga de Honra, que ainda conseguiu marcar aos 87, por intermédio de Diogo, para gáudio de milhares de arouquenses espalhados pelas bancadas da Catedral da Luz.
Dada a proximidade dos compromissos das selecções e da terceira ronda da Liga dos Campeões, o treinador dos “encarnados”, Jorge Jesus, deu a titularidade ao guarda-redes Júlio César, colocou Airton como lateral direito e Sidnei a central, enquanto César Peixoto fechava o flanco esquerdo.
Era um jogo de grande expectativa e apesar da dilatada derrota no Estádio da Luz, frente ao Benfica, actual campeão nacional, o FC de Arouca deixou uma imagem bem positiva na deslocação à capital portuguesa, neste confronto da terceira eliminatória da Taça de Portugal.
A equipa de Henrique Nunes apresentou-se na Catedral de " peito aberto ", sem medo da grandeza do adversário, com um futebol solto, pratico e bonito, sustentado num arrojado sistema 4x2x3x1, que obrigou o Benfica a aplicar-se bem para suster o ímpeto ofensivo dos arouquenses, que dominaram a partida no quarto de hora inicial.
No reduto do campeão, o FC de Arouca mostrava as suas credencias e evidenciava a verdadeira razão porque estava nas três frentes do futebol português, depois de um empate motivador com a Académica para a Taça da Liga, onde foi amplamente prejudicado por Olegário Benquerença.
Mas a jornada da Taça de Portugal foi dia de festa para as hostes arouquenses, que viveram com intensidade e muita alegria este momento único e histórico de jogar contra o Benfica no emblemático cenário do Estádio da Luz, com o concelho de Arouca a mobilizar-se para uma presença digna e esmagadora, protagonizando uma mega excursão que levou mais de três dezenas de autocarros até à capital, totalizando mais de 3500 adeptos.
E até não faltaram emigrantes vindos de todo o mundo, destacando-se aqueles que fizeram questão de alugar um avião, vindo de Paris, para vir a Lisboa de propósito ver o seu Arouca a jogar no maior estádio português…
Um número bem expressivo, principalmente atendendo à totalidade de sócios que o clube arouquense tem, pouco mais de 1.300, ou até mesmo os cerca de 23 mil habitantes do território de Arouca….
Foi uma jornada de festa, alegria e convivialidade…o Arouca tem tradições na Taça de Portugal, já que no ano passado deu nas vistas e só bloqueou perante o Paços de Ferreira, depois de ter eliminado o Marítimo, mas o ano de 2010 tem sido verdadeiramente fantástico para a equipa arouquense, já que depois de se ter sagrado Campeão Nacional da 2ª Divisão e, por inerência, adquirir o estatuto do futebol profissional, está a dar cartas na Taça da Liga, e começou bem o campeonato da Liga de Honra, acabando por cair agora aos pés do Campeão Nacional, numa jornada da Taça que, independente do desfecho final, serviu para escrever mais uma página de glória no livro de memórias onde estão registados os feitos notáveis da colectividade aveirense desde a temporada de 2006/07.
Sem dúvida o dia 16 de Outubro fica na história! Apesar da goleada de 5-1, o FC Arouca mostrou-se ao mundo, espalhou a sua magia, a sua grandeza e, acima de tudo, a sua ambição. A cor, a emoção, a vibração de milhares adeptos nas bancadas, fez bater o coração, num jogo que ficará para sempre... na memória de todos !
O simbolismo de defrontar os campeões nacionais pela primeira vez nos seus 59 anos de história foi, provavelmente, a principal razão que sustentou a forte adesão dos arouquenses a este jogo, mas também foi o contexto de festa associado aos jogos da Taça de Portugal que movimentou as gentes do concelho, orgulhosa dos feitos do seu principal clube que, ainda há quatro épocas atrás, militava os distritais da Associação de Futebol de Aveiro.
Um apoio incondicional das gentes da terra que foi assumido como uma manifestação de orgulho e de regozijo para com o ciclo de cinco anos de sucessos que o clube concluiu no final da última época e que lhe permitiu ascender, sucessivamente, desde os distritais até aos campeonatos profissionais, onde tem realizado uma carreira notável.
Um feito extraordinário e mediático da estrutura directiva liderada por Carlos Pinho, que ainda não trouxe o devido reconhecimento à região de Arouca, embora essa “ nuance” não possa servir de atenuante ao estatuto de verdadeiro exemplo que o clube representa no seio do futebol nacional, principalmente atendendo ao contexto de crise global que a todos atinge e que é transversal a quase todas as vertentes da sociedade.

JOGAR SEM MEDO NA CATEDRAL DA LUZ

Jogo disputado no Estádio da Luz, em Lisboa.
Ao intervalo: 3-0.
Marcadores:
1-0, Kardec, 24 minutos.
2-0, Saviola, 31.
3-0, Kardec, 45.
4-0, Luisão, 66.
5-0, Gaitan, 86.
5-1, Diogo, 87.
Equipas:
- Benfica:
Júlio César, Airton, Luisão, Sidnei, César Peixoto, Javi Garcia (Luís Filipe, 46), Sálvio, Gaitan, Aimar (Nuno Gomes, 68), Saviola (Weldon, 61) e Kardec.
(Suplentes: Moreira, Luís Filipe, Fábio Faria, Felipe Menezes, Jara, Weldon e Nuno Gomes).
- Arouca:
Pedro Soares, William, Fernando, Hernâni (Paulinho, 72), Steven, Hélder Silva, Diogo, Babanco (Hugo Monteiro, 72), André Soares (Nené, 55), Jorge Leitão e Jeremie.
(Suplentes: Marco, Hugo Cruz, Pardi, Nené, Paulinho, Hugo Monteiro, Kiko).
Árbitro: Marco Ferreira (Madeira).
Acção disciplinar: cartão amarelo para William (44) e Steven (70).
Assistência: 24 mil espectadores.
O técnico Henrique Nunes, optou por um sistema táctico arrojado, sempre com William, Fernando e Hernâni perto da sua área, a proteger o guardião Pedro Soares, enquanto Jeremie ficava só, à frente, entre os centrais da casa.
Com iniciativa, mas sem espaço nem velocidade necessários para progredir na intermediária contrária, o Benfica viu o Arouca a dominar nos minutos iniciais e a aproximar-se com maior perigo da sua baliza, com remates de Babanco e Hélder Silva.
Até que, aos 24 minutos, um rápida troca de bola entre Salvio, Saviola e Gaitan iludiu a defesa adversária e colocou este último em óptima posição para servir a cabeça de Kardec, que inaugurou o marcador.
Aos 31 minutos, foi a vez de Saviola aumentar a vantagem, aproveitando, à boca da baliza um ressalto depois de a bola ter sido rematada de cabeça ao poste pelo colega de equipa Kardec, depois de um livre de Aimar.
Noutro pontapé de canto, após um desvio de uma defesa, Kardec voltou a marcar de cabeça, em cima do intervalo, com muita facilidade, perante o desconcerto dos defesas arouquenses, mais uma vez bastante passivos na sua área.
Na segunda parte, já com Luís Filipe na direita da defesa e Airton no lugar do médio espanhol Javi Garcia, o FC de Arouca limitou-se a assegurar um resultado pouco humilhante perante o campeão nacional.
Com o Benfica a continuar a gerir recursos, a equipa de Henrique Nunes nunca baixou os braços e com algum arreganho e criatividade sempre forçou o ataque, tentando chegar ao golo nesta sua estreia no Estádio da Luz.
Aos 66 minutos, Luisão aproveitou os vários bloqueios dos colegas e surgiu ao primeiro poste, para, com uma cabeçada forte e perfeita ao ângulo superior da baliza, dar o melhor seguimento ao cruzamento milimétrico de Peixoto.
Aos 86, Gaitan depois de uma bonita combinação com Nuno Gomes e surgiu isolado na “cara” do guarda-redes adversário, marcando o quinto golo com um toque em jeito, enquanto no minuto seguinte foi de festa dos milhares de adeptos arouquenses, graças ao golo de Diogo, num lance de plena oportunidade à boca da baliza encarnada, um justo prémio para o empenhamento desta equipa do Arouca que, mesmo goleada, deixou uma excelente impressão nesta deslocação ao reduto do Benfica.
Reportagem de Carlos Oliveira, em Lisboa

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Arouquenses em peso na Catedral da Luz
SL BENFICA x FC DE AROUCA
É O ATRACTIVO DA TAÇA DE PORTUGAL
Carlos Pinho refere que é dificil ganhar, mas nao é impossível


São esperados perto de quatro mil adeptos e simpatizantes do FC de Arouca para o jogo da Taça de Portugal com o SL Benfica, no próximo sábado. Trinta e três autocarros já estão confirmados para rumar à capital portuguesa e descarregar no Estádio da Luz.

A jornada é de festa, alegria e convivialidade…O ano de 2010 tem sido um ano verdadeiramente fantástico para a equipa de Arouca. Depois de se ter sagrado Campeão Nacional da 2.ª Divisão e, por inerência, adquirir uma participação inédita nas competições profissionais, a equipa de Henrique Nunes está a dar cartas na Taça da Liga, começou bem o campeonato e prepara-se para mais um momento ímpar na sua história, ao deslocar-se ao Estádio da Luz para defrontar os campeões nacionais, em jogo referente à terceira eliminatória da Taça de Portugal.
Será caso para se dizer que no próximo sábado, a vila de Arouca estará quase deserta, uma vez que um grande numero de arouquenses de todas as freguesias e arredores, vai percorrer a Auto-Estrada A1 rumo a Lisboa, onde se realiza o desejado duelo com as águias, com direito a transmissão televisiva pela Sport TV…quem diria isto de uma equipa que, ainda, há quatro épocas atrás, militava os distritais da AF de Aveiro.
O FC de Arouca está a cumprir a sua estreia nos campeonatos profissionais com o único objectivo de garantir a permanência, pelo que o desafio para a Taça de Portugal com o Benfica é encarado mais como um veículo mediático para o reconhecimento público do clube. E na verdade, nunca se falou tanto de Arouca e do seu clube nas Radios, nas TV's e nos Jornais Desportivos...só por tudo isto Arouca e o seu clube já são vitoriosos...
Contudo, a equipa orientada pelo veterano Henrique Nunes conta no seu seio com a experiência de três grandes atletas que, embora de gerações diferentes e em jogos distintos, já sorriram em jogos na capital frente aos encarnados. São três pequenas histórias de sucessos com a mesma origem, o BOAVISTA, nomeadamente o médio Pedro Santos, o extremo Hugo Monteiro e o defesa Steven, que se sagrou campeão nacional de juniores pelos axadrezados.
O presidente do Arouca, Carlos Pinho, recusa-se a atirar a toalha ao chão, mas reconhece o favoritismo do SL Benfica face à sua equipa, no confronto de sábado à noite, a contar para a 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. O líder do clube está, portanto, mais preocupado com outros aspectos, como as questões financeiras, e por isso reconhece que, “o Benfica era mesmo o adversário que desejávamos para esta fase da prova.”
Conhecemos as nossas limitações, sabemos o que podemos fazer, mas o Arouca não teme ninguém. Nesta região há muitos benfiquistas, como também há portistas, mas tenho falado com eles e posso garantir que este sábado, vão estar todos a torcer por nós. Sei que uma possível vitória do Arouca seria uma enorme alegria para todos.”
Sem sair desta mesma linha de raciocínio, o presidente Carlos Pinho em declarações à imprensa desportiva, garante que a sua equipa de futebol, “é o orgulho de todos os arouquenses”, mas lembra que mais importante do que a Taça de Portugal é o campeonato da Liga de Honra, onde o Arouca está fazer boa figura.
É nesse espaço competitivo que o clube centra todas as atenções e, por isso, um dos jogadores mais experientes do plantel, o ex-Boavista Pedro Santos, não deve ser utilizado na deslocação à Luz, uma vez que ainda procura a sua melhor forma física, pois está em fase final de recuperação de uma lesão.
Ainda assim, apesar de estar privado de algumas peças importantes do seu plantel, a equipa arouquense parte para a Luz motivada e cheia de ambição, sem pensar no descalabro, até porque, “pode ser difícil ganhar lá, mas não é impossível. Temos que sonhar alto”, assegurou Carlos Pinho, o grande obreiro dos feitos notaveis que a colectividade de Arouca tem protagonizado desde a temporada de 2006/07.
A equipa de reportagem do Jornal " O Gaiense " - Jornal de Paiva / Cinfães acompanha o FC de Arouca com o apoio da Agencia de Viagens - CAMBRATUR, em Arouca.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Jogo histórico da Taça de Portugal
FC de Arouca vai ao Estádio da Luz
defrontar o campeão SL Benfica

O próximo Sábado, dia 16 de Outubro, vai ser um dia histórico para as hostes do FC de Arouca, quando milhares de adeptos arouquenses rumarem à capital portuguesa para garantir o melhor apoio à equipa no confronto com o SL Benfica, actual campeão nacional, no magnífico cenário da Catedral da Luz, em jogo da terceira eliminatória da Taça de Portugal.

Integrado nas três frentes do futebol nacional, Liga de Honra, Taça da Liga e Taça de Portugal, o Futebol Clube de Arouca está a demonstrar a sua grandeza, a sua garra e a sua ambição, catapultando o orgulho arouquense para um patamar nunca imaginável, se tivermos em linha de conta que, ainda há quatro épocas atrás, militava os distritais da AF de Aveiro.
Ultrapassada a primeira fase de apuramento da Taça da Liga, onde despachou equipas como o Belenenses e o Penafiel, o FC de Arouca está a fazer um campeonato tranquilo e, se não tivesse desperdiçado uma vitória que parecia certa, no seu reduto contra o vizinho Feirense, tínhamos agora a equipa de Henrique Nunes, em segundo lugar da tabela classificativa da Liga de Honra, com sete pontos, logo atrás do líder Gil Vicente.
Na Taça de Portugal, a equipa arouquense foi a Esposende eliminar a equipa local, da 3ª Divisão Nacional, na Taça da Liga vai defrontar a Académica em dois jogos que se perspectivam autenticas finais e, agora, calhou-lhe em sorte o Benfica, actual campeão nacional, e logo em jogo a disputar no magnífico Estádio da Luz, uma partida agendada para o próximo Sábado, dia 16 de Outubro, com as previsões a apontar milhares de arouquenses de "malas aviadas" para Lisboa para fazer a festa na capital e garantir o melhor apoio e incentivo à equipa do FC de Arouca, cada vez mais na alta-roda do futebol português.
O jogo com o Benfica será, sem dúvida, um marco histórico na vida do clube arouquense, quanto mais não seja por aquilo que representa no âmbito do sucesso que o FC de Arouca protagoniza desde 2006, na altura em que Jorge Gabriel, o apresentador da RTP, ajudou a dar alguma visibilidade nacional à colectividade, contribuindo para o êxito que hoje se vive num orgulho colectivo que motiva cada vez mais o interesse dos "media".
Perspectiva-se pois, uma grande jornada de confraternização, e a direcção de Carlos Pinho está apostada em fazer desta deslocação ao Estádio da Luz, um momento único que perdure para sempre na memoria de todos os adeptos e todos os arouquenses que não dispensam o melhor apoio à equipa que, ainda no passado fim de semana, aviou o Moreirense com três golos sem resposta.
Em casa do campeão nacional que ganhe o melhor e que a festa seja de todos…de amizade, de ampla confraternização e de grandeza desportiva…para bem do futebol !!! E que acima de tudo a terra de Arouca seja divulgada, engrandecida e prestigiada...